CINEMA

Secult-PE e Fundarpe se alinham a favor da Condecine

Empresas de telefonia móvel tentam, na Justiça, ficarem isentas de pagar a contribuição que sustenta o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA)

Do JC Online
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Publicado em 24/02/2016 às 12:32
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Empresas de telefonia móvel tentam, na Justiça, ficarem isentas de pagar a contribuição que sustenta o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) - FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe engrossaram a lista de protesto contra a liminar que isenta as empresas de telefonia móvel de pagar a Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), que sustenta o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Desde segunda-feira (23/0) que artistas de todo o País protestam nas redes sociais e através de abaixo-assinados. 

Na última quinta-feira (18/2), uma desembargadora deu um parcecer favorável ao argumento do SindiTelebrasil, que reúne as operadoras (Vivo/Telefônica, Claro, Tim, Oi, entre outras), de que a associação não deve contribuir com o audiovisual por não integrar estritamente o setor. Sem a arrecadação das teles, a Ancine estima um prejuízo de R$ 1,1 bilhão para 2016, ou 74% de todo o Fundo. A contribuição é prevista na Lei 12.485/2011 e deveria ser feita até o próximo dia 31 de março.

A nota da Secult-PE e Fundarpe foi divulgada no íncio da tarde desta quarta-feira (24/2).

Leia abaixo a nota oficial:

"A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe estão alinhadas com a Agência Nacional de Cinema (Ancine) e toda produção do audiovisual nacional em defesa da continuidade da contribuição da Condecine  pelas empresas de telefonia móvel. A interrupção do pagamento desta contribuição pelas Teles afetaria profundamente a arrecadação do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) que, desde a Lei 12.485/2011, vem injetando recursos expressivos na produção do audiovisual nacional e, em particular, na pernambucana. 

Nos editais do Funcultura Audiovisual 2015 e 2016 os aportes de recursos do FSA foram de R$ 8.550 milhões e R$ 9.980 milhões respectivamente, representando cerca de 50% dos valores ofertados por esses certames para a produção do audiovisual no Estado, nesses dois anos. Sem dúvida, os investimentos do FSA foram decisivos para o crescimento da produção de conteúdos audiovisuais para cinemas, TVs, smartphones e tablets, e, por conseguinte, do mercado audiovisual.

É irrefutável que, em Pernambuco, os investimentos da Secult-PE e Fundarpe no audiovisual, através do Funcultura e da Ancine , por meio do FSA, colaboraram para o surgimento de diversas produções, hoje com visibilidade dentro e fora do país. O reconhecimento desse importante período da produção pernambucana pode ser observado em diversas premiações e no testemunho de vários críticos de cinema do Brasil.

Além disso, o aumento do volume de vídeos que trafegam hoje na rede 4G é uma demonstração direta do retorno desses investimentos para as Teles.

A perda desses investimentos interromperia um ciclo virtuoso que se observa no segmento audiovisual, impulsionado pela  promulgação da lei 12.485/2011.

Por todas essas razões e em prol da produção do audiovisual brasileiro, a Secult-PE e a Fundarpe permanecerão firmes na defesa da continuidade dessa contribuição.

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