CRÍTICA

O Caçador e a Rainha do Gelo nada acrescenta aos contos de fadas

Filme já tem sessões de pré-estreia a partir desta quarta-feira (20/4)

Ernesto Barros
Cadastrado por
Ernesto Barros
Publicado em 20/04/2016 às 5:16
Universal Pictures/Divulgação
Filme já tem sessões de pré-estreia a partir desta quarta-feira (20/4) - FOTO: Universal Pictures/Divulgação
Leitura:

As continuações dos blockbusters americanos se tornaram tão automáticas que a previsibilidade e a falta de originalidade viraram regra. Na Hollywood atual, dominada por executivos sedentos por grana, nada se transforma, tudo se copia. O Caçador e a Rainha do Gelo, de Cedric Nicolas-Troyan, não é só uma continuação desnecessária de Branca de Neve e o Caçador, de 2012, como é uma cópia descarada dos efeitos especiais de Frozen - Uma Aventura Congelante, a bem-sucedida animação da Disney.

O filme estreia oficialmente nesta quinta-feira (21/4), mas as sessões de pré-estreias já acontecem nesta quarta-feira (20/4) em vários cinemas do Recife e da Região Metropolitana. O circuito, claro, trata-o como um possível arrasa-quarteirão, o que pode acontecer, embora ele seja uma bomba. Se o primeiro já não era tão empolgante – só será lembrado pela escapada sexual de Kristen Stewart, que foi flagrada num amasso com o diretor Rupert Sanders, quando ela ainda namorava Robert Pattinson – este novo é uma bobagem sem tamanho.

O Caçador e a Rainha do Gelo conta eventos anteriores aos acontecimentos vistos no primeiro filme. Aqui, a malévola rainha Ravenna (Charlize Theron, em papel coadjuvante, mas esplendorosa) faz uma maldade com a irmã Freya (Emily Blunt, fria, como sempre), que tem o coração endurecido e transforma em gelo tudo o que toca, renegando qualquer forma de amor. Ela vai tomar posse de vários reinos e raptar meninos e meninas para seu exército particular.

Entre eles, dois se destacam: o caçador Eric e a brava Sara que, adultos, são interpretado por Chris Hemsworth e Jessica Chastain. Como se espera, eles se apaixonam e acendem o ódio frio de Freya, que os separa por uma parede de gelo (embora especialista em efeitos especiais, o francês Cedric Nicolas-Troyan não teve a mínima cerimônia em copiar os poderes da Rainha Elsa).

Sem qualquer noção de suspense e com olhos apenas para as acrobáticas cenas de ação – e as eventuais pausas para o humor, por meio das brincadeiras de dois casais de anões –, Nicolas-Troyan não tem talento suficiente para fazer com que O Caçador e a Rainha do Gelo sequer atinja um nível aceitável de diversão.

Últimas notícias