O longa-metragem Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, foi o grande vencedor do 15º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro com sete troféus Grande Otelo, entre eles o de Melhor Filme. A premiação foi na noite desta terça-feira (4/10) em cerimônia realizada no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, e transmitido ao vivo pelo Canal Brasil.
Chatô, O Rei do Brasil, de Guilherme Fontes, ganhou cinco troféus. A festa teve como homenageado o cineasta, ator e produtor Daniel Filho. No seu discurso de agradecimento, Daniel contou que o que mais gosta de fazer é assistir a filmes, um hábito que ele tem desde os seis anos de idade. No final, disse que o cinema brasileiro já criou um identidade e que as pessoas não devem ver os artistas de uma maneira ruim, como se eles se apropriassem do dinheiro dos brasileiros. "Cada filme emprega mais de 700 pessoas", afirmou.
O outro homenageado da noite foi o montador Franciso Moreira, que morreu no início deste ano. Morreira trabalhava na Cinemateca do MAM, no Rio, e ajudou a preservar inúmeros filmes brasileiros.
DOMINGUINHOS
A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante, e Sangue Azul, de Lirio Ferreira, eram os dois longas-metragens pernambucanos indicados ao prêmio. A História da Eternidade ganhou na categoria de Melhor Trilha Sonora Original, para o compositor polonês Zbgniew Preisner. No recebimento do prêmio, Camilo lamentou a falta do nome do compositor Dominguinhos, que também compôs a trilha.
A montadora pernambucana Karen Harley ganhou o troféu Grande Otelo de Melhor Montagem por Que Horas Ela Volta? As manifestações foram muitas livres. A atriz brasiliense Camila Márdila, a Jéssica de Que Horas Ela Volta?, mostrou um cartaz com a frase "Jamais Temer". Já o animador Otto Guerra, do Rio Grande do Sul, mandou "Vaza, canalha". O ator e diretor de TV Dênis Carvalho disse "Fora Temer".
Indicados e vencedores (destacados em negrito)
GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2016
MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO
A HISTÓRIA DA ETERNIDADE, de Camilo Cavalcante.
AUSÊNCIA, de Chico Teixeira
CALIFÓRNIA, de Marina Person
CASA GRANDE, de Fellipe Gamarano Barbosa.
CHATÔ – O REI DO BRASIL, de Guilherme Fontes
QUE HORAS ELA VOLTA?, de Anna Muylaert
SANGUE AZUL, de Lírio Ferreira
TUDO QUE APRENDEMOS JUNTOS, de Sérgio Machado
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
BETINHO, A ESPERANÇA EQUILIBRISTA, de Victor Lopes
CAMPO DE JOGO, de Eryk Rocha
CÁSSIA ELLER, de Paulo Henrique Fontenelle
CHICO – ARTISTA BRASILEIRO, de Miguel Faria Jr
ÚLTIMAS CONVERSAS, de Eduardo Coutinho
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
INFÂNCIA, de Domingos Oliveira
PEQUENO DICIONÁRIO AMOROSO 2, de Sandra Werneck
S.O.S. MULHERES AO MAR 2, de Cris D’Amato
SORRIA, VOCÊ ESTA SENDO FILMADO, de Daniel Filho
SUPER PAI, de Pedro Amorim
MELHOR LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
ATÉ QUE A SBÓRNIA NOS SEPARE, de Otto Guerra
RITOS DE PASSAGEM, de Chico Liberato
MELHOR DIREÇÃO
ANNA MUYLAERT, por Que Horas Ela Volta?
CAMILO CAVALCANTE, por A História da Eternidade
CHICO TEIXEIRA, por Ausência
DANIEL FILHO, por Sorria, Você Está Sendo Filmado
EDUARDO COUTINHO, por Últimas Conversas
ERYK ROCHA, por Campo de Jogo
FELLIPE BARBOSA, por Casa Grande
MELHOR ATRIZ
ALICE BRAGA, por Muitos Homens num Só
ANDRÉA BELTRÃO, por Chatô – O Rei do Brasil
DIRA PAES, por Órfãos do Eldorado
FERNANDA MONTENEGRO, por Infância
MARCÉLIA CARTAXO, por A História da Eternidade
REGINA CASÉ, por Que Horas Ela Volta?
MELHOR ATOR
DANIEL DE OLIVEIRA, por A Estrada 47
IRANDHIR SANTOS, por Ausência
JOÃO MIGUEL, por A Hora e a Vez de Augusto Matraga
LÁZARO RAMOS, por Tudo que Aprendemos juntos
MARCO RICCA, por Chatô – o rei do Brasil.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
CAMILA MÁRDILA, por Que horas ela volta?
FABIULA NASCIMENTO, por Operações especiais
GEORGIANA GOES, por Casa Grande
KARINE TELES, por Que horas ela volta?
LEANDRA LEAL, por Chatô – o rei do Brasil
MELHOR ATOR COADJUVANTE
ÂNGELO ANTÔNIO, por A Floresta que se move
CHICO ANYSIO, por A hora e a vez de Augusto Matraga
CLAUDIO JABORANDY, por A história da eternidade
LOURENÇO MUTARELLI, por Que horas ela volta?
MARCELLO NOVAES, por Casa Grande
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
ADRIAN TEIJIDO, por Órfãos do Eldorado
BÁRBARA ALVAREZ, por Que horas ela volta?
JOSÉ ROBERTO ELIEZER, ABC por Chatô – o rei do Brasil
LULA CARVALHO, por A hora e a vez de Augusto Matraga
MAURO PINHEIRO JR, por Sangue azul
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
ADIRLEY QUEIRÓS, por Branco sai, Preto fica
ANNA MUYLAERT, por Que horas ela volta?
CAMILO CAVALCANTE, por A história da eternidade
FELLIPE BARBOSA e KAREN SZTAJNBERG, por Casa Grande
VICENTE FERRAZ, por A estrada 47
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
DOMINGOS OLIVEIRA, por Infância
GUILHERME COELHO, por Órfãos do Eldorado
GUILHERME FONTES, JOÃO EMANUEL CARNEIRO e MATTHEW ROBBINS, por por Chatô – o rei do Brasil
LUSA SILVESTRE e MARCELO RUBENS PAIVA, por Depois de tudo
MANUELA DIAS e VINÍCIUS COIMBRA, por A hora e a vez de Augusto Matraga
MARCOS JORGE, por O duelo
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
ANA MARA ABREU por Califórnia
ANA PAULA CARDOSO por Casa Grande
GUALTER PUPO por Chatô – o rei do Brasil
JULIA TIEMANN por A história da eternidade
JULIANA CARAPEBA por Sangue azul
MARCOS PEDROSO e THALES JUNQUEIRA por Que horas ela volta?
MELHOR FIGURINO
ANDRÉ SIMONETTI e CLAUDIA KOPKE por Que horas ela volta?
BETH FILIPECKI e RENALDO MACHADO por A hora e a vez de Augusto Matraga
ELISABETTA ANTICO por A estrada 47
GABRIELA CAMPOS por Casa Grande
LETÍCIA BARBIERI por Califórnia
RITA MURTINHO por Chatô – o rei do Brasil
MELHOR MAQUIAGEM
ANNA VAN STEEN por Califórnia
AURI MOTA por Casa Grande
FEDERICO CARRETTE e VICENZO MASTRANTONO por A estrada 47
MARIA LUCIA MATTOS e MARTÍN MACIAS TRUJILLO por Chatô – o rei do Brasil
TAYCE VALE e VAVÁ TORRES por A hora e a vez de Augusto Matraga
MELHOR EFEITO VISUAL
GUILHERME RAMALHO por Que horas ela volta?
MARCELO SIQUEIRA, ABC por Entrando numa roubada
MARCELO SIQUEIRA, ABC por Linda de morrer
MARCUS CIDREIRA por Chatô – o rei do Brasil
ROBSON SARTORI por A estrada 47
MELHOR MONTAGEM FICÇÃO
ALEXANDRE BOECHAT por A hora e a vez de Augusto Matraga
FELIPE LACERDA e UMBERTO MARTINS, ABC por Chatô – o rei do Brasil
KAREN HARLEY por Órfãos do Eldorado
KAREN HARLEY por Que horas ela volta? Dedicou a João Paulo de Carvalho e Mair Tavares.
MAIR TAVARES por A estrada 47
MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
CARLOS NADER e ANDRÉ BRAZ por Homem Comum
DIANA VASCONCELLOS por Chico – Artista Brasileiro
PAULO HENRIQUE FONTENELLE por Cássia Eller
PEDRO ASBEG, EDT e VICTOR LOPES por Betinho, a esperança equilibrista
RODRIGO PASTORE por Cauby – Começaria tudo outra vez
MELHOR SOM
ACÁCIO CAMPOS, BRUNO ARMELIM, GABRIELA CUNHA, JÚLIO CÉSAR, ERIC RIBEIRO CHRISTANI e CAETANO COTRIM por Cássia Eller
BRUNO FERNANDES e RODRIGO NORONHA por Chico – Artista Brasileiro
EVANDRO LIMA, WALDIR XAVIER e DAMIÃO LOPES por Casa Grande
GABRIELA CUNHA, MIRIAM BIDERMAN, ABC, RICARDO REIS e PAULO GAMA por Que horas ela volta?
JOSÉ MOREAU LOUZEIRO e AURÉLIO DIAS por A hora e a vez de Augusto Matraga
MARK VAN DER WILLIGEN, MARCELO CYRO, PEDRO LIMA e SÉRGIO FOUAD por Chatô – o rei do Brasil
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
ALEXANDRE GUERRA e FELIPE DE SOUZA por Tudo que aprendemos juntos
ALEXANDRE KASSIN por Ausência
FÁBIO TRUMMER e VITOR ARAÚJO por Que horas ela volta?
PATRICK LAPLAN e VICTOR CAMELO por Casa Grande
ZBGNIEW PREISNER por A história da eternidade
ZECA BALEIRO por Oração do amor selvagem
MELHOR TRILHA SONORA
LOS HERMANOS por Los Hermanos – Esse é só o começo do fim das nossas vidas
LUIS CLAUDIO RAMOS – a partir da obra de Chico Buarque – por Chico – Artista Brasileiro
LUIZ AVELLAR por A estrada 47
NELSON HOINEFF – a partir da obra de Cauby Peixoto – por Cauby – Começaria tudo outra vez
PAULO HENRIQUE FONTENELLE – a partir da obra de Cássia Eller – por Cássia Eller
MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO
BIRDMAN – A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA (Birdman, ficção, EUA) – Dirigido por Alejandro Gonzales Iñarritu. Distribuição: Fox Films
LEVIATÃ (Leviathan, ficção, Rússia) – Dirigido por Andrey Zvyagintsev. Distribuição: Imovision
O SAL DA TERRA (Le Sel de La Terre, Documentário, França, Itália) – Dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado. Distribuição: Imovision
OLMO E A GAIVOTA (Olmo and the seagull, documentário, Brasil, Dinamarca e Portugal) – Dirigido por Petra Costa e Lea Glob. Distribuição: Pandora Filmes
WHIPLASH – EM BUSCA DA PERFEIÇÃO (Whiplash, ficção, EUA) – Dirigido por Damien Chazell. Distribuição: Columbia Tristar
MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO
ATÉ A CHINA de Marão
ÉGUN de Helder Quiroga
GIZ de Cesar Cabral
O QUEBRA-CABEÇA DE TÁRIK de Maria Leite
VIRANDO GENTE de Analúcia Godoi
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
A FESTA E OS CÃES de Leonardo Mouramateus
CORDILHEIRA DE AMORA II de Jamille Fortunato
DE PROFUNDIS de Isabela Cribari
ENTREMUNDO de Renata Jardim e Thiago B. Mendonça
RETRATO DE CARMEM D. de Isabel Joffily
UMA FAMILIA ILUSTRE de Beth Formaggini
PRAÇA DA GUERRA de Edimilson Gomes
MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO
HISTÓRIA DE UMA PENA de Leonardo Mouramateus
LOÏE E LUCY de Isabella Raposo e Thiago Brito
OUTUBRO ACABOU de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes
QUINTAL de Andrés Novais
RAPSÓDIA DE UM HOMEM NEGRO de Gabriel Martins