Diversão

'Sing' mostra a potência de uma boa animação musical

Filme para toda a família desfila sucessos inesquecíveis interpretados por animais com muito carisma

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 15/12/2016 às 5:00
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Filme para toda a família desfila sucessos inesquecíveis interpretados por animais com muito carisma - FOTO: Foto: Divulgação
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Respire fundo, aqueça a voz e leve a família aos cinemas a partir desta quinta-feira (15) para conhecer a história dos animais mais afinados das telonas. Sing – Quem Canta Seus Males Espanta é a sétima animação da novata Illumination Entertainment, reconhecida pelos sucessos Meu Malvado Favorito (2010) e Minions (2015), que agora resolve se aventurar num formato já conhecido das animações: o apelo para o musical.

Situado em um mundo como o nosso, mas inteiramente habitado por animais, a história começa quando um empolgado, porém falido, coala, chamado Buster Moon decide criar uma competição de canto para aumentar os rendimentos de seu decadente teatro. A disputa movimenta o mundo animal e promove a revelação de diversos talentos da cidade, todos de olho nos 15 minutos de fama e nos “100 mil dólares” do prêmio.

Entre os competidores, somos apresentados a cinco personagens em especial, que ganharam no Brasil a dublagem de artistas conhecidos do grande público. A cantora Sandy é Meena, uma jovem elefanta tímida com pânico de palco. A atriz Mariana Ximenes empresta sua voz à Rosita, uma mãe sobrecarregada que cuida de sua ninhada de 25 leitões. Fiuk dubla Johnny, um jovem gorila gângster que procura não seguir os crimes de sua família. Wanessa Camargo vive Ash, a porco-espinho fêmea e punk-rock que luta para ter sucesso sozinha e deixar seu namorado arrogante de lado. Por fim, o ator Marcelo Serrado usa seu bom humor para viver Gunter, um porco dançarino.

Todos eles participam da competição de Moon acreditando ser esta a grande chance de mudar o curso de suas vidas. A cena da audição, não só dos protagonistas, mas de toda a fauna, promove uma das melhores sequências do filme. Em quase três minutos, ouvimos desde Ben, de Michael Jackson, até Asereje, o hit chiclete da girlband Las Ketchup. Eis aí um dos diferenciais de Sing: o repertório (de quase 85 canções) é maciçamente conhecido do público, interagindo por vários ritmos, sucessos e artistas de várias épocas.

Também há espaço para canções originais. A rebelde Ash se revela compositora, e coube a Wanessa Camargo ser a única dubladora a cantar de verdade na versão brasileira da animação. No original, Ash é dublada (e cantada) por Scarlet Johansson. Além dos aspirantes a artistas, a fiel assistente do Moon, a idosa lagartinha Dona Quiqui, consegue ter mais carisma e arrancar mais risadas que o próprio coala protagonista da história.

SUCESSO

Com roteiro e direção de Garth Jennings (O Filho de Rainbow e O Guia do Mochileiro das Galáxias), a animação entretém à altura e tem desempenho superior a Pets – A Vida Secreta dos Bichos, da mesma produtora, lançada no início deste semestre e decepcionou boa parte do público. A prova disso é que Sing já concorre ao Globo de Ouro como Melhor Filme de Animação e Melhor Canção Original por Faith, interpretado por Stevie Wonder.

Seja vibrando com a volta por cima ao som de Under Pressure, do Queen, emocionando-se com Hallelujah na voz de Jennifer Hudson ou balançando nas cadeiras quando assistir à surpreendente performance de Shake It Off – sucesso de Taylor Swift – Sing funciona para quem tem consciência de que a música é responsável por despertar em cada um as mais diversas emoções.

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