Para rir

Análise: 'Os Farofeiros' é simplesmente uma farofada

Filme nacional que estreia nesta quinta-feira (8) nos cinemas brinca com humor fácil da comédia de situação

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 08/03/2018 às 5:00
Foto: Agência Febre/Divulgação
Filme nacional que estreia nesta quinta-feira (8) nos cinemas brinca com humor fácil da comédia de situação - FOTO: Foto: Agência Febre/Divulgação
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Admita: todo mundo tem seu lado “farofeiro”. Quem nunca fez aquela viagem com a família ou amigos que deu errado? Ou quem nunca foi à praia levando aquela marmita para consumir na hora do almoço? Se não fez, conhece histórias de quem já aderiu a essas práticas. E é esse universo, mais que brasileiro, que estará escancarado nas telonas a partir de hoje com a comédia nacional Os Farofeiros.

O longa dirigido por Roberto Santucci – conhecido pelas franquias De Pernas Pro Ar e Até Que a Sorte Nos Separe – encontra no roteiro de Paulo Cursino, antes de tudo, uma proximidade com o público das classes populares. Não há quem não vá se identificar com as situações de engarrafamento em direção ao litoral, a briga por um espaço na areia lotada, com os mosquitos que invadem a casa de praia à noite e até quando a residência de veraneio, na prática, não é um lugar tão paradisíaco assim.

Todas as situações são administradas por um elenco que já provoca sorrisos somente por estar reunido em cena. É o caso do casal formado por Jussara (Cacau Protásio) e Lima (Maurício Manfrini). Embora tragam leves referências conhecidas do público de seus trabalhos na TV, eles convencem os espectadores da veracidade em seus personagens, tanto pela atuação em si, quanto pelo contexto onde se inserem. A piada do filho de Jussara se chamar Enzo Ferrari é um dos pontos altos.

A surpresa também vem no trabalho de Danielle Winits como a impaciente Renata. É ela que arranca os sorrisos mais espontâneos do longa. A sequência da piscina verde com toques de O Chamado faz você rir, no mínimo, de nervoso da situação vexatória.

HUMOR ESPIRITUOSO

As participações de Aline Riscado – que estreia nos cinemas – e Felipe Roque fazem uma crítica espirituosa à objetificação da “mulher gostosa” e do “homem tanquinho”, evidenciando e combatendo o machismo de maneira divertida. O longa ainda brinca com sua maior base: o cinema nacional, com uma sequência rápida, que provoca uma boa reflexão sobre esse gênero ainda tão discriminado pelos tradicionais cinéfilos.

Os Farofeiros surge com ambição se tornar mais uma franquia de sucesso da comédia brasileira. O primeiro passo, digamos, já foi bem dado.

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