CINEMA

A Febre vence competição de longas-metragens do Janela

Filme de Maya Da-Rin conquistou o prêmio principal e o de Melhor Som, na 12ª edição do festival

Ernesto Barros
Cadastrado por
Ernesto Barros
Publicado em 10/11/2019 às 20:23
Victor Jucá/Divulgação
Filme de Maya Da-Rin conquistou o prêmio principal e o de Melhor Som, na 12ª edição do festival - FOTO: Victor Jucá/Divulgação
Leitura:

A Febre, de Maya Da-Rin, foi o grande vencedor da Mostra Competitiva de Longas-metragens do 12º Janela Internacional do Recife. A cerimônia de premiação aconteceu na tarde deste domingo (10/11), no mezanino do Cinema São Luiz. O filme também foi agraciado com o prêmio de Melhor Som, para Felippe Schultz Mussel, companheiro da cineasta carioca.

Na premiação, o professor e documentarista pernambucano Samuel Paiva, que compôs o júri ao lado jornalista Helen Beltrame-Linné e da cineasta Letícia Simões, justificou a premiação de A Febre. “Um corpo que personifica duas realidades estrangeiras entre si: a floresta e a cidade. Na pele, nos gestos, na fala e no caminhar, a expressão de uma história ancestral e sua exterminação. O filme propõe uma experiência profunda ao investir na subjetividade do protagonista.”

Os troféus foram recebidos pelo produtor Leonardo Mecchi, que participou do Janela como consultor do JaneLab, uma ação do festival exclusiva para coproduções internacionais. “Além desse filme, Maya e Felipe tiveram trigêmeos e não puderam vir ao Recife. Mas esses prêmios são muito importantes, principalmente vindo de um festival como o Janela. Nos últimos tempos, as pessoas têm buscado refúgio nas artes para lidar com a realidade. Mas isso não é um escape, é uma forma de energia para continuarmos lutando, para que a gente continue a fazer isso”, disse no seu agradecimento.

Na Competitiva de Curtas-Metragens Internacionais, o prêmio de Melhor Filme foi para a dupla Bárbara Wagner e Benjamim de Burca por Rise. Filmado em Toronto, no Canadá, o curta acompanha as performance de jovens poetas de origem africana e caribenha. Entre os curtas brasileiros, a produção mineira Sete Dias em Maio, de Affonso Uchoa, sobre um rapaz que foi levado de casa por desconhecidos, ganhou o prêmio de Melhor Filme e o prêmio Cana Brasil, além de várias menções honrosas. O filme segue a trilha já aberta por Uchoa em A Vizinhança do Tigre (2014) e do tocante Arábia (2017), correalizado com João Dumans.

Embora tenha sofrido problemas de financiamento, o idealizador e diretor do Janela, o cineasta Kleber Mendonça Filho, declarou-se feliz pelo evento. “A gente descobriu que não é possível não fazer o Janela. Talvez tenha sido o menor festival desde o primeiro, em 2008, mas alguma coisa especial especial aconteceu. O janela é um ponto de união entre muita gente, e isso importante.”

PREMIADOS

Mostra Competitiva de Curtas-metragens Internacionais

Melhor Imagem
Resista num Pálido Ponto Azul (Linger On Some Pale Blue Dot), de Alexandre Koberidze (Alemanha/Israel, 2018)

Melhor Montagem
Resista Num Pálido Ponto Azul (Linger On Some Pale Blue Dot), Alexandre Koberidze (Alemanha/
Israel, 2018)


Melhor Som
Past Perfect, de Jorge Jácome (Portugal, 2019)

Melhor Filme
Rise, de Bárbara Wagner, Benjamin de Burca (Brasil/Canadá/EUA, 2019)

Mostra Competitiva de Curtas-metragens Brasileiros

Melhor Imagem
Quebramar, de Cris Lyra (SP, 2019)

Melhor Som
Thinya, de Lia Letícia (PE, 2019)

Melhor Montagem
Thinya, de Lia Letícia (PE, 2019)

Melhor Filme
Sete Anos em Maio, DE Affonso Uchôa (MG, 2019)

Menção Honrosa
Looping, de Maick Hannder (MG, 2019)

Mostra Competitiva de Longas-metragens:

Melhor Imagem
Noite Passada Te Vi Sorrindo (Last Night I Saw You Smiling), de Kavich Neang (Camboja/França, 2019)

Melhor Montagem
Koko-di Koko-da, de Johannes Nyholm (Suécia/Dinamarca, 2019)

Melhor Som
A Febre, de Maya Da-Rin (Brasil/França/Alemanha, 2019)

Melhor Filme
A Febre, de Maya Da-Rin (Brasil/França/Alemanha, 2019)

Prêmio Canal Brasil

Melhor Curta
Sete Anos em Maio, de Affonso Uchôa (MG, 2019)

Prêmio Janela Crítica

Melhor Curta Brasileiro:
Para Todas as Moças, de Castiel Vitorino Brasileiro (ES, 2019)

Menção Honrosa:
Sete Anos em Maio, Affonso Uchôa (MG, 2019)

Melhor Curta Internacional:
Rise, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (Brasil/Canadá/EUA, 2019)

Menção Honrosa
Electric Swan, de Konstantina Kotzamani (Argentina/Grécia/França, 2019)

Melhor Longa-metragem
So Pretty, de Jessie Jeffrey e Dunn Rovinelli (EUA/França, 2019)

Menção Honrosa
Um Filme de Verão, de Jo Serfaty (Brasil, 2019)

Prêmio João Carlos Sampaio:
Ilhas de Calor, de Ulisses Arthur (AL, 2019)

Prêmio ABD-APECI (Associação Brasileira de Documentaristas e Curta- metragistas/Associação Pernambucana de Cineastas

Menção Honrosa
Sete Anos em Maio, Affonso Uchôa (MG, 2019)

Menção Honrosa
Looping, de Maick Hannder (MG, 2019)

Menção Honrosa
Ilhas de Calor, Ulisses Arthur (AL, 2019)

Melhor Filme
Para Todas as Moças, de Castiel Vitorino Brasileiro (ES, 2019)

Últimas notícias