A atriz carioca Cacau Protásio - conhecida do público por interpretar a empregada Zezé, de Avenida Brasil, e Terezinha, da série Vai Que Cola - foi vítima de ofensas racistas e gordofóbicas após gravar cenas de seu próximo filme, Juntos e Enrolados, em um quartel dos bombeiros no último domingo (23), no Rio de Janeiro. As mensagens teriam sido compartilhadas por agentes da própria corporação via WhatsApp.
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Algumas mensagens foram divulgadas pelo colunista Leo Dias, do portal UOL: "Olha a vergonha no pátio do quartel central. Essa mulher do Vai que Cola, aquela gorda, botou a farda e colocou uns dançarinos viados com roupa de bombeiro. Isso é um esculacho, rapaz. Qual é a desse comandante? Vai deixar uma putaria dessas no pátio do quartel?", afirmava um homem.
Outro bombeiro estende as ofensas também ao governador do Rio, Wilson Witzel, mas também se volta contra a Cacau. "Mete aquela gorda, preta, filha da puta na farda de bombeiro. Uma bucha de canhão daquela, um monte de bailarino viado quebrando até o chão", comentou outro, em relação a presença de bailarinos que também estavam gravando o filme.
Nesta quarta-feira (27), a atriz gravou uma série de vídeos bastante abalada e se pronunciando sobre o caso: "Tem um bombeiro que fez um vídeo de uma cena solta e espalhou por aí, e espalhou o vídeo com um áudio me xingando de negra, gorda, filha da puta, cambada de viado. Racismo é preconceito, se ele não sabe. E isso é muito triste. Não entendi por que tanto ódio".
Cacau Protásio completou: "Sou negra, sou gorda, sou brasileira, sou atriz, eu conto histórias, conto ficção. Não mereço ser agredida, assim como nenhuma pessoa. Eu respeito a opinião de alguns bombeiros que dizem que 'ah, eu não acho certo', mas vai ver realmente a história antes de agredir". A atriz acabou recebendo apoio de vários famosos, que fizeram vídeos, posts e comentários em favor dela.
De acordo com a agência Folhapress, o Corpo de Bombeiros do Rio afirmou que "não compactua com qualquer ato discriminatório". A corporação afirmou ainda, em nota, que se solidariza com a atriz e que já abriu procedimento interno para identificar os militares por trás dos ataques a ela e apurar a conduta.
VEJA OS VÍDEOS DE CACAU:
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