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Vertim Moura estreia com impacto no FIG

Jovem músico confirma filiação estética com o ex-Cordel Lirinha

Bruno Albertim
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Bruno Albertim
Publicado em 24/07/2013 às 8:56
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Não estranhem se houver o reconhecimento explícito de paternidade: "Sim, eu, de Paulo Afonso, criado  em Arcoverde, tive a sorte  de ver a efervescência do Cordel ( do Fogo Encantado) e alí virei artista". Pois, com participação especial de Lirinha, Vertim Moura, 23 anos, confirmou não só a filiação, como exibiu independência exuberante. Era só nele que se falava nessa segunda feira em que, depois que ele e banda fecharam o Palco pop, o metal tomou conta da Guadalajara.

 

Lirinha, que fez uma partuicipação pra lá de entusiasmada no show de Vertim, era de uma alegria enorme em perceber e participar do surgimento do jovem artista  que, assim, como ele, sabe fazer do palco algo assim de um sertão mais concreto: "Entendo que influências se cruzam. Acho que o meu fazer musical tem grande encontro no Vertim. Quero aprender muito com ele", dizia o exaltado ex-vocalista do Cordel de Fogo Encantado.

 

Pois, dono de letras extensas, narrativas, uma disposição de cordelista dos palcos do 21, daqueles que nao encontra a distância entra o pop e o cordel das feiras contemporênaas, Vertim fez um show de uma teatralidade arrebatadora. Não vai demorar para esse rapaz, mais uma vez, sair a fundir, em turnês com seu nome, concretos e sertões poéticos, liturguas nos palcos em quem literaturas e filosofias encontram sem esforço o  pop.

 

Antes dele, também no Palco Pop, o Jorge Cabeleira, de novo formado, fez uma apresentação redonda, azeitada, para saudar os saudosos e remanescentes dos 90. E polítizada: "Esse show é uma homenagem a Davi. Onde ele estiver, vai estar curtindo conosco", disse o vocalista Dirceu Melo, usando adjetivos não menos sutis que "assassina" para classificar a fornecedora de energia pública de Pernambuco como, até agora, a responsável pelo acidente que vitimou, num choque de um poste em Boa Viagem, Davi Santiago, advogado e ex-integrante da banda.

 

Logo depois, na Guadalajara, o metal deu o tom na aguardada noite dos camisas-preta. O Krisium, de um metal elegante e harmônico, aclamado como uma sinfonia, comemorava: "Muito bom ver que os públicos estão perdendo preconcenceitos e aceitando o metal nessa grande praça pública", disse o vocalista Alex Camargo. Logo depois, os Raimundos lançaram mão de uma série de hardocores midiáticos, farofas, fazendo toda a esplanada rodar entusiasticamemte em rodas de pogo, mostando que, sim, o pop contempla todos os nossos gritos.

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