'Competição não é cerimônia religiosa', diz Fátima Bernardes sobre vaias de brasileiros nas Olimpíadas

Apresentadora defendeu os torcedores do Brasil, que tem incomodado os estrangeiros com vaias e provocações

Foto: TV Globo/Reprodução
Apresentadora defendeu os torcedores do Brasil, que tem incomodado os estrangeiros com vaias e provocações - FOTO: Foto: TV Globo/Reprodução

No programa Encontro com Fátima Bernardes desta quinta-feira (11) na Rede Globo, a apresentadora discutiu com as atletas Daniele Hypolito e Lais Souza as atitudes enérgicas dos torcedores brasileiros nas competições das Olimpíadas 2016. Fátima saiu em defesa das críticas da imprensa estrangeira, desacostumados com a agitação e gritaria do torcedor local sobre as vaias da torcida, que tem sido recorrentes nas mais diversas modalidades. Para Bernardes, os brasileiros não enxergam as Olimpíadas como uma "cerimônia religiosa".

Na conversa com Hypolito e Souza, a apresentadora declarou: "A gente está recebendo pessoas do mundo todo --são 206 países--, e temos uma forma muito peculiar de torcer. Eu mesma já assisti jogos no Japão e as pessoas praticamente passam o jogo inteiro sentadas. Em alguns momentos, elas se levantam, mas rapidamente se sentam. Tem havido algumas críticas sobre a nossa forma de manifestar, com a nossa empolgação (...) [Mas vaias] acontecem no mundo todo, né? A gente assiste a partidas de basquete... Não tem como. [Competição] não é uma cerimônia religiosa", concluiu Fátima.

De acordo com informações do portal UOL, muito diferente dos espectadores de outros países, o comportamento da torcida brasileira tem incomodado atletas estrangeiros durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Barulho excessivo durante algumas competições e, principalmente, vaias, são queixas de atletas da natação, tênis de mesa e basquete.

No domingo, por exemplo, a partida de tênis de mesa do brasileiro Hugo Calderano e de Peng Tang, de Hong Kong, contou com uma torcida agitada, diferente dos padrões do esporte. Enquanto Calderano tinha a arquibancada do seu lado, Tang se irritava com as vaias dos torcedores antes de cada saque.

As vaias já foram abordadas mais de uma vez pela imprensa internacional junto ao Comitê Rio-2016 e ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Desacostumada a gritos, vaias e cantos em partidas de tênis, tênis de mesa, esgrima, jornalistas questionaram o COI sobre quais providências poderiam ser tomadas.

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