O ator Gracindo Júnior acaba de vencer uma ação trabalhista contra a Rede Record. Ele acusava a emissora paulista de obrigá-lo a trabalhar 11 horas por dia, sem ter direito a pausas para almoçar ou descansar, durante seis dias por semana. De acordo com informações do portal Notícias da TV, o argumento foi aceito no início do mês abril e confirmado no último dia 24 de junho pelo juiz Delano de Barros Guaicurus, atuante na 11ª Vara do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro.
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Na sentença, Guaicurus considerou nulo o contrato através do qual a Record contratou Gracindo Júnior como pessoa jurídica. A emissora, então, foi condenada a pagar todos os direitos trabalhistas referentes aos de um funcionário com registro em carteira ao ator de 74 anos.
Ainda de acordo com o site, os advogados de Gracindo Júnior afirmaram que o contrato proposto pela Rede Record era "evidente fraude à legislação trabalhista", contendo "cláusulas abusivas". Já o juiz considerou existir "certo grau de desequilíbrio entre as relações", porque a contratante exigia exclusividade e total disponibilidade do ator para participar de seus programas. Também previa multa de um dia de trabalho caso Gracindo descumprisse alguns dos pontos.
VERSÃO DA RECORD
A Rede Record apresentou recurso e conseguiu reduzir o cumprimento da sentença aos cinco anos anteriores ao início do processo. A emissora contestou os argumentos de Gracindo, afirmando que ele foi contratado como prestador de serviços e que não havia vínculo empregatício entre as partes.
O último trabalho de Gracindo Júnior na Record foi em 2014, na minissérie Plano Alto.