Entrevista: diretor de Castlevania fala sobre o futuro da série

Sam Deats, diretor da série em animação original Netflix Castlevania, conversou com o Jornal do Commercio sobre a produção e a história da franquia

(Foto: Netflix/Reprodução)
Sam Deats, diretor da série em animação original Netflix Castlevania, conversou com o Jornal do Commercio sobre a produção e a história da franquia - FOTO: (Foto: Netflix/Reprodução)

Castlevania, uma das franquias de maior sucesso da desenvolvedora de jogos japonesa Konami, virou série animada original Netflix – lançada no último dia 7. A escolha não se deu apenas pela saga ter atravessado três décadas com 15 jogos de notáveis lucros, mas, principalmente, por sua trama cativante.

O seu título de estreia foi lançado em 26 de setembro de 1986 para o console Famicom Disk, mas foi o Castlevania III: Dracula’s Curse (1989), desenvolvido para o Nintendo NES, que foi o escolhido como base para a história da série.

Entenda

“O terceiro Castlevania foi, de longe, um dos jogos mais revolucionários daquele ano. Ele trazia um universo que nos dava a liberdade de escolher desdobramentos e finais alternativos, além de disponibilizar quatro personagens jogáveis. Se já não bastassem as questões de jogabilidade, o game ainda tem uma narrativa simples e surpreendentemente bem construída, nos dando liberdade para trabalhar em algo que o público que já conhece a história possa reconhecer como novo”, contou Sam Deats, diretor da série, em entrevista por e-mail.

A história, escrita por Warren Ellis como um filme direto para DVD e depois adaptada para formato de série de televisão, transpõe a lenda do Drácula de Bram Stoker, criando um personagem que se casa e tem um filho com uma humana, essa que mais tarde é queimada viva pela Igreja Católica, condenada por bruxaria. A partir daí, o Drácula Vlad Tepes reúne um exército de criaturas da noite e começa a destruir a raça humana, em nome de sua amada. Trevor Belmont, da última família de caçadores de vampiros, luta para proteger os seres humanos.

A primeira temporada trouxe apenas quatro episódios com duração média de 23 minutos cada, recebendo reclamações de velhos e novos fãs.
“Calma que a segunda temporada terá oito episódios e já está em pré-produção. O público precisa lembrar que os personagens do III são Sypha Belnades, uma jovem sacerdotisa que se disfarça de homem; Grant DaNasty, um ágil pirata com a habilidade de escalar paredes e teto; e o Alucard, que é filho de Drácula, um dhampir com as habilidades de lançar bolas de fogo e se transformar em morcego. Assim, mesmo sem garantir nada ainda, poderemos aproveitar muito bem cada personagem e surpreender no enredo do Ellis”, alegou Deats.

Mesmo com os superjogos da franquia lançados para Xbox One e Playstation 4, o Castlevania: Symphony of the Night (1997), do Playstation 1, foi o mais jogado até hoje, e isso não poderia ser deixado de lado. “O Symphony of the Night também está presente na série, narrativamente falando em segundo plano, complementando o perfil de Alucard [protagonista no jogo de 1997] e em algumas circunstâncias que o público descobrirá na próxima temporada, mas esteticamente há mais participação, já que o desenhista do jogo, Ayami Kojima, contribuiu com a construção dos traços das animações”, concluiu Deats.

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