Entrevista com Bia Arantes, a Cecília de 'Carinha de Anjo'

Jovem atriz mineira fala sobre vida e carreira com o JC

Foto: Leandro Ramos/Divulgação
Jovem atriz mineira fala sobre vida e carreira com o JC - FOTO: Foto: Leandro Ramos/Divulgação

Com apenas 24 anos, a mineira Bia Arantes não é novata na atuação. Com filmes, peça, videoclipes e novelas, ela encanta crianças e adultos atualmente com sua doce Cecília na novela Carinha de Anjo, do SBT/TV Jornal. Ao Jornal do Commercio, a atriz fala de sua trajetória e visões sobre o exercício de atuar.

ENTREVISTA // BIA ARANTES

JORNAL DO COMMERCIO - Bia, é verdade que você queria ser psicóloga antes de ser atriz? Em que momento isso foi, em definitivo, deixado para trás?
BIA ARANTES - Acho que não houve um momento certo, porque minha paixão pelas artes é antiga. Desde muito nova, eu tenho uma ligação muito forte com o mundo cênico. Fiz balé desde os três anos de idade, sempre gostei de literatura, de TV, enfim, foi uma paixão que só cresceu. No começo não me passava pela cabeça viver disso, mas aos poucos a ideia foi se solidificando, ganhando forma e espaço dentro de mim. A psicologia também não está distante do mundo da atuação! É necessário ter uma liberdade psíquica para se desenvolver e acolher as particularidades de cada personagem.

JC - Antes de Carinha de Anjo, você já tinha feito novelas na Globo. Mas você acredita que a Irmã Cecília é a personagem que te trouxe mais notoriedade?
BIA - Olha, acredito que cada personagem que fiz marcou o público de alguma forma. Seja a Alexia, de Malhação, a Duda, de Cama de Gato, a Cléo, de Sangue Bom e agora a Cecília, de Carinha de Anjo. Cada uma trouxe uma visibilidade diferente, em momentos distintos da minha carreira.

JC - Para compor a mocinha do SBT, você viu vídeos da Lisette Morelos, a Irmã Cecília da versão mexicana?
BIA - Assisti à versão original quando criança e adorava. Acho legal termos a base da versão original, mas é importante também frisar a questão de que o SBT e toda a equipe da novela trouxeram muita originalidade e frescor neste remake. Há personagens e núcleos novos e muito de nós artistas, muita doação nossa, que faz a diferença também na construção do todo. Além do fato de que o legal de ser atriz é também poder dar vida à minha própria Cecília, com o meu trabalho.

JC - As crianças te reconhecem nas ruas? Como é receber o retorno desse público em especial?
BIA - É um reconhecimento enorme e um carinho sem tamanho. Ter este retorno do público mostra que estamos no caminho certo, que nosso trabalho está cumprindo seu papel maior, que é o de tocar o coração do público de uma forma única e genuína e geral, pois não são só as crianças que me abordam! É super gostoso poder ter esse feedback de um trabalho que me dedico tanto.

JC - Na sua opinião, qual a cena da novelinha exigiu mais de você até agora e porquê? E qual foi a sequência mais especial?
BIA - A Cecília sempre foi uma personagem delicada, que precisa de cuidado e estudos mesmo. Ela é muito sentimental, muito pura, muito amorosa, e passa por grandes transformações e amadurecimento ao longo da trama. O começo, sem duvida, é o lugar mais delicado pro ator. Você ainda tem a disponibilidade de fazer qualquer coisa, seguir muitos caminhos, é difícil e uma agonia até que esses traços de atuação sejam escolhidos. Uma sequência muito especial para mim que já foi ao ar, foi quando a Cecília tira o véu de noviça. É um marco da personagem e eu adorei as cenas!

JC - O que você gosta de ouvir em sua playlist?
BIA - Na minha playlist toca muita coisa! Sou muito fã da música brasileira, MPB no geral. Gosto também de música instrumental, clássicos de vários gêneros. No momento, tenho ouvido muito a trilha sonora de O Filme da Minha Vida e de Baby Driver.

JC - Falando em O Filme da Minha Vida, como foi trabalhar num longa dirigido por Selton Mello?
BIA - Foi um prazer sem tamanho ser dirigida por ele. Eu e o Selton já éramos amigos de longa data, então ter esta oportunidade de trabalhar com meu amigo e o profissional genial que ele é me deixou emocionada e feliz. O Selton é muito parceiro, ele consegue extrair o melhor de cada ator, consegue trazer seu olhar humano, com sensibilidade e leveza. Ele acompanhou todo o nosso processo de construção dos personagens, na preparação, e também nas gravações das cenas. Foi muito especial, um grande presente.

JC - Neste vasto mundo da atuação, quem são as suas maiores inspirações e porquê?
BIA - Difícil dizer, pois há tanta gente que me inspira, seja no meio profissional como na vida. Sempre gostei muito de conhecer gente, ouvir o que elas tinham a dizer, poder dar vida às histórias que vão tocar as pessoas por aí, isso é o que me inspira. E quem me dá garra para correr atrás de tudo isso, é minha família. Eles são a minha base maior.

JC - Se a sua vida fosse uma ficção, você gostaria que ela fosse uma peça, série, novela ou filme? Que gênero seria?
BIA - Filme! Pode ser uma trilogia, porque tem muita história! (risos) Mas é que sou apaixonada por cinema!

JC - O que a arte de atuar tem ensinado a Bia Arantes, pessoal e profissionalmente?
BIA - Atuar é uma dose de empatia diária! Você abraça angústias, alegrias, personalidades que não são suas, mas poderiam ser. Aprendi a respeitar muito mais o outro. A gente aprende diariamente também a conviver com as pessoas.
Trabalhamos com muita gente diferente, recebemos carinho de pessoas que nunca vimos, e tudo isso ensina também. Profissionalmente, é claro que a cada dia que passa, ganho mais experiência, maturidade... Mas acho que não importa porque a cada trabalho, sinto que estou começando um mundo completamente novo.

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