Michael Moore convoca norte-americanos a agir pela democracia

Novo documentário do diretor, Fahrenheit 11/9, explora a ascensão de Donald Trump ao cargo mais poderoso do mundo

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Novo documentário do diretor, Fahrenheit 11/9, explora a ascensão de Donald Trump ao cargo mais poderoso do mundo - FOTO: VALERIE MACON/AFP

O cineasta Michael Moore chama os americanos a recuperarem a democracia em seu novo documentário, Fahrenheit 11/9, que explora a ascensão de Donald Trump ao cargo mais poderoso do mundo.

O título faz referência a 9 de novembro de 2016, a data em que foi anunciada a vitória de Trump nas eleições presidenciais, que significaram uma mudança sísmica na política dos Estados Unidos. Também é uma sequência não oficial de seu Fahrenheit 9/11 que apontou então para outro presidente republicano, George W. Bush, e foi o documentário de maior bilheteria de todos os tempos.

No tapete vermelho na quinta-feira (6/9) à noite, quando o filme estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto, Moore disse: "A esperança, neste momento, é a nossa morte, a esperança é passiva, a esperança é ilusória".

"Não precisamos de desejos neste momento, precisamos de ação. Estamos em uma guerra para recuperar nosso país", acrescentou.

O cineasta, de 64 anos, instou seus compatriotas a passarem todos os finais de semana até as legislativas de meio de mandato, em 6 de novembro, participando de campanhas estatais, em uma tentativa de derrotar as maiorias republicanas na Câmara de Representantes e no Senado.

"Se conseguirmos fazer isso, será um grande golpe para Trump e nos dará um pouco de tempo", disse.

Na exibição do filme, disse à audiência: "Temos que agir como se estivéssemos na Resistência francesa. O senso de urgência, o que queremos fazer com este filme é profundo".

Fahrenheit 11/9

O documentário começa com as altas expectativas impulsadas por empresas de pesquisas e especialistas de que a democrata Hillary Clinton se tornaria a primeira mulher presidente dos Estados Unidos. Mas logo as esperanças se desvanecem.

O filme, disse Moore, "explora a questão de como diabos nos metemos neste rolo e como saímos dele".

O documentário mistura humor e tristeza, ligando imagens das últimas notícias da televisão com entrevistas que incluem, entre outros, adolescentes sobreviventes do massacre da escola em Parkland.

 

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