Lançada pela Netflix em novembro de 2019, a série brasileira Ninguém Tá Olhando, protagonizada pela atriz e youtuber Kéfera Buchmann, não foi renovada para uma segunda temporada.
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Ainda que tivesse um elenco de peso como Projota e Júlia Rabello, segundo a agência Folhapress, a série criada e dirigida por Daniel Rezende não encontrou audiência condizente com os custos que tinha.
A comédia teve oito episódios contava a história do novo "angelus" Ulisses (Victor Lamoglia) que chega ao Sistema Angelus - conhecido por ajudar os humanos da terra.
Em entrevista ao Jornal do Commercio na época do lançamento, Daniel Rezende explicou um pouco mais do objetivo de Ninguém Tá Olhando: “A vontade sempre foi de fazer uma comédia irreverente, ácida, que pudesse de alguma forma criticar a humanidade ou, pelo menos, questionar as escolhas dela. Então, pegar a figura do anjo da guarda, subverter, recriar através desses Angelus como seres burocratas, que estão entre nós, para fazer essa crítica e questionar foi o nosso ponto de partida. [...] A partir daí, começamos a falar sobre o controle do desejo, o prazer, as crenças, narrativas que a humanidade inventa como, por exemplo, a astrologia. [...] Nós íamos achando os temas, criando histórias, e tentando fazer com que os personagens vivessem isso, mas estivessem rindo do absurdo que é ser um ser humano”.
Kéfera, que fez sua estreia na Netflix com esta série, avaliou sua personagem em relação à sua personalidade na vida real. “Acho que temos muitas coisas em comum. Mas o que difere é o jeito como a Miriam vê o mundo. Em relação a ideologia, acho que se sentássemos eu e ela para conversar, concordaríamos em muita coisa. Mas, por exemplo, eu gosto muito de me comunicar, uso muito o gestual, gosto de dar risada, brincar com as pessoas. E ela já tem um lado totalmente sério, que não tem esse espaço para gracinhas”.
Mesmo com o cancelamento, Ninguém Tá Olhando chamou atenção positivamente pela agilidade do enredo e o poder de surpreender a cada capítulo. Ao contrário de muitas comédias de fácil compreensão, não era possível prever o que aconteceria adiante, visto que os personagens oscilavam bastante à medida que a história avançava. A estética da série brasileira não deixou nada a desejar em relação a qualquer sitcom gringo que se vê por aí. E, mais que entreter, o seriado conseguia provocar diversas reflexões sobre o modo de viver a vida hoje em dia.
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