Literatura

Alberto Mussa mostra o seu lado de escritor de romance policial

Em O senhor do lado esquerdo, o escritor carioca conta o insólito caso de um ex-assessor da presidência assassinado num bordel

Schneider Carpeggiani
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Schneider Carpeggiani
Publicado em 04/07/2011 às 7:45
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É difícil pensar num leitor ideal de Alberto Mussa, porque não há um escritor Alberto Mussa “fixo”, com identidades e obsessões que se repetem. Para cada livro, assume a missão de se desmontar e lançar mão de novas linguagens. Foi o caso do elogiado Meu destino é ser onça, em que recriou a mitologia dos antigos Tubinambás. Agora com O senhor do lado esquerdo – O romance da casa das trocas, a mutação é completa outra vez: o carioca se assume como escritor de livros policiais, mas com uma (confessa) missão bem particular – mais importante que
desvendar um possível criminoso, quer desvendar sua cidade, o Rio de Janeiro.
Mussa parte de uma tese ambiciosa para defender no seu já ambicioso projeto. A de que não é a geografia, nem a arquitetura, não são os heróis nem as batalhas, muito menos a crônica de costumes ou as imagens criadas pela fantasia dos poetas e boêmios inveterados: o que define uma cidade é a história dos seus crimes.
Com O senhor do lado esquerdo, Mussa mostra que é possível prender a atenção do leitor com uma história de suspense e, ao mesmo tempo, defender teorias. Um dos bons lançamentos desse primeiro semestre, que investiga também a famosa sexualidade dos cariocas.

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