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Entrevista de Geneton revela o caminho do perdão de Ariano

Globo News veicula neste sábado (15/6) a conversa entre o jornalista e o escritor, com direito a temas raros, como a briga com Celso Marconi

Diogo Guedes
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Diogo Guedes
Publicado em 15/06/2013 às 6:02
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Globo News veicula neste sábado (15/6) a conversa entre o jornalista e o escritor, com direito a temas raros, como a briga com Celso Marconi - FOTO: Globo News/Divulgação
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O jornalista pernambucano Geneton Moraes Neto entrevista o escritor Ariano Suassuna desde de 1976, quando ainda era um jovem repórter na capital pernambucana. De lá para cá, ele ainda não esgotou suas perguntas ao autor de O Romance d’A Pedra do Reino – assim como o entrevistado não se cansou de dar respostas a ele e renovar o interesse por sua vida e obra. Um novo capítulo dessas conversas entre os dois é exibido neste sábado (15/6), a partir das 21h05, no programa Dossiê Globo News, do canal pago Globo News.

É uma grande oportunidade de ver um mestre da entrevista interrogando um mestre da cultura (e da boa conversa). O encontro aconteceu em abril deste ano, quando Geneton veio ao Recife. Ao JC, o jornalista revela alguns tópicos da entrevista.

O principal tema são os assassinos do pai do autor, João Suassuna, morto quando ele tinha três anos. O evento marcou a vida de Ariano – ele já disse que começou a ler e escrever para continuar a se relacionar com o pai, dono da biblioteca da sua casa.

“Ele já pensava em perdoar os assassinos. A novidade é que Ariano revelou a mim que já consegue rezar por eles, a última etapa antes de um perdão completo”, conta Geneton.

Outro assunto foi a agressão de Ariano ao cineasta e jornalista Celson Marconi, em 1968, durante uma peça no Teatro Popular do Nordeste. Ele desferiu um soco no então desafeto, com quem vinha discutindo há vários dias nos jornais pernambucanos por conta das críticas dele e do artista Jomard Muniz de Britto à adaptação do Auto da Compadecida para o cinema, pelas mãos do húngaro George Jonas.

Ariano raramente fala sobre o assunto. “Ele disse que se arrependia do episódio, pois tinha um ímpeto para a briga quando era jovem. Não consegue entender hoje como fez aquilo”, conta o jornalista.

O autor não lembra direito o evento: não confirmou, por exemplo, a história sobre o segundo soco que teria dado em Celso, direcionado a Jomard, mas revelou que, se o artista e poeta estivesse lá na hora, talvez também brigasse com ele. “Hoje, ele até elogia Jomard e Celso. Os três tiveram depois a grandeza de se reaproximarem”, indica Geneton.

Leia mais no Jornal do Commercio deste sábado (15/6).

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