Quando os protestos tomaram proporções inéditas na história recente do Brasil, ainda em junho, um dos principais impulsos de todos foi o de buscar possíveis explicações para o que acontecia nas ruas. Especialistas foram acionados para tentar compreender o que movia os manifestantes, como eles se organizavam e o que de fato queriam. Apesar das tentativas, ficou patente que era preciso explicações mais complexas do que meros comentários no calor da hora.
O “momento” continua, claro, mas respostas mais embasadas começam a aparecer, principalmente no mercado editorial. A Companhia das Letras foi a primeira, ainda em junho, a lançar uma obra sobre o tema, Choque de democracia – Razões da revolta, de Marcos Nobre. O volume digital era um “livro instantâneo”, conceito importado do mercado americano para obras curtas que aproveitam um assunto em voga.
Agora, em agosto, novas obras que abordam a temática começam a aparecer. A Zahar lança Redes de indignação e esperança, do cientista social espanhol Manuel Castells, que vem pesquisando as manifestações recentes pelo mundo e a relação delas com a internet. Além disso, a Boitempo publicou a coletânea Cidades rebeldes – Passe livre e as manifestações que tomaram às ruas do Brasil, com artigos de vários pesquisadores como Slavoj Zizek, Mike Davis e David Harvey e do Movimento Passe Livre (MPL). A Editora Prata também lançou nesta semana Protesta Brasil, de Edson Fernandes e Ricardo de Freitas Roseno, que reúne dados sobre os eventos pelo País.
Leia a matéria completa no Jornal do Commercio deste domingo (1/9)