EMIL 2015

Carrero, Sidney, Everardo e Marcelino participam do Encontro Mundial de Invenção Literária

Os quatro autores de Pernambuco estão entre os 105 brasileiros convidados para o evento, realizado em São Paulo

Maria Fernanda Rodrigues/Agência Estado
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Publicado em 12/11/2015 às 16:02
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Os quatro autores de Pernambuco estão entre os 105 brasileiros convidados para o evento, realizado em São Paulo - FOTO: Divulgação
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Com a presença de alguns dos principais escritores brasileiros (são 105 no total) e 12 estrangeiros, começa nesta quinta-feira (12/11), em São Paulo, a primeira edição do Encontro Mundial de Invenção Literária (Emil). Bem que o curador Manuel da Costa Pinto preferia que o "m", da sigla, fosse de municipal, ele brinca. Tudo teria sido mais simples, já que o prazo foi enxuto - as conversas para realizar um novo festival literário na cidade começaram em maio, por iniciativa de Gabriel Chalita, secretário de Educação de São Paulo e presidente da Academia Paulista de Letras (APL), mas a produção só começou há menos de três meses.

À Academia Paulista de Letras, juntaram-se, na organização, a Câmara Brasileira do Livro, responsável pela produção, e a Associação Nacional de Livrarias, que fez o contato com seus associados para ajudar a espalhar mais o festival pela cidade. O orçamento é de R$ 1,75 milhão e a programação ocorre em 21 livrarias e outros 11 espaços, como CEUs, bibliotecas, teatros e museus. A abertura, na noite de quarta-feira (11/11), por exemplo, foi no Museu da Língua Portuguesa e prestou homenagem aos escritores Ruth Rocha e Mauricio de Sousa. 

Aos 92 anos, Lygia Fagundes Telles também será homenageada. Ele participa de sessão na Academia Paulista de Letras nesta quinta-feira (12/11), às 17 h, quando seus colegas falam sobre sua obra e trajetória.

A programação é extensa e simultânea. Enquanto Lygia estiver na APL, o artista plástico e ilustrador Fernando Vilela estará na Biblioteca Villa-Lobos e o escritor Sérgio Sant'Anna, na Livraria da Vila do Shopping Higienópolis. E essa maratona literária, com atrações pela manhã, tarde e noite, só termina domingo (15/11).

Entre os convidados, o vencedor do Prêmio Nobel de 1986, o nigeriano Wole Soyinka, que já estava de viagem marcada para o Brasil, para participar do Flink Sampa (13 e 14), e foi incluído na programação do Emil. Ele fala no sábado (14/11), às 16h, no Memorial da América Latina. E o britânico Taran Matharu, fenômeno da autopublicação que aceitou o convite de pronto - era a sua chance de visitar a terra da mãe (seu pai é indiano). Ele está lançando, pela Galera Record, O Aprendiz, primeiro volume de sua série O Conjurador

Matharu está, ao lado de André Vianco, na cota da literatura fantástica do festival. "Tivemos que incluir dois gêneros que não estariam em eventos como a Flip e a Pauliceia Literária: a literatura fantástica e a dita literatura da periferia", diz Manuel da Costa Pinto, que conta com a ajuda de Manoela Leão na curadoria. O tradicional Sarau do Binho, de Taboão, será realizado na Biblioteca Villa-Lobos no domingo (15/11), às 16h30. E a Galeria Olido será outro importante palco, com debates e saraus reunindo nomes como Rodrigo Ciríaco e Marco Pezão. 

Há encontros interessantes, e para todos os gostos, na programação (a entrada é gratuita). Entre os convidados, Milton Hatoum, Cristovão Tezza, Evandro Affonso Ferreira, Bernardo Kucinski, Marcelo Rubens Paiva, Ronaldo Bressane, Fausto Fawcett, Juliano Garcia Pessanha, André de Leones, Andrea Del Fuego, José Luis Peixoto (Portugal), Julián Herbert (México), Yun Dong-Jae (Coreia do Sul) e Henry Trujillo (Uruguai), entre tantos outros. Os pernambucanos que participam do evento são Raimundo Carrero, Sidney Rocha, Everardo Norões e Marcelino Freire.

Serão distribuídos 80 mil vales de R$ 50 para professores da rede municipal gastarem nas lojas que integram a Associação Nacional de Livrarias até o fim de dezembro. "Estamos convidando a população a ir a uma livraria por esses dias, não importa qual. Este é um movimento simbólico importante que pode ter consequências boas para a leitura", diz Afonso Martin, presidente da ANL.

"Uma das metas da Câmara Brasileira do Livro tem sido organizar ações que resultassem em mais leitores. E o Emil caiu como uma luva", comenta o presidente da entidade, Luís Antonio Torelli. 

 

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