Figuras importantes do movimento feminista (e de outras causas), Angela Davis (1944), Gloria Steinem (1934) e Mary Wollstonecraft (1759-1797) estão chegando às livrarias brasileiras numa onda editorial de resgate teórico -mas não só.
De Davis, a Boitempo lança, no segundo semestre, Mulheres, Raça e Classe. Publicada em 1983, a obra é uma crítica ao feminismo da segunda metade do século 20. É da mesma editora a iniciativa de lançar, agora, Reivindicação dos Direitos da Mulher, de Wollstonecraft, considerado um dos livros fundadores do feminismo, e, em breve, o infantil As Mulheres e os Homens.
Há outros títulos no catálogo e no prelo da editora. "Foi com Feminismo e Política (2014), de Flávia Birolli e Luis Felipe Miguel, que percebemos mais claramente a necessidade de lançar obras que ajudassem a embasar teoricamente as feministas", diz Ivana Jinkings, diretora da Boitempo.
A Bertrand lança, em setembro, Minha Vida na Estrada, da ativista americana Gloria Steinen. Já a Civilização Brasileira manda para as livrarias nos próximos dias O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman, uma das primeiras ficções feministas - escrita na virada do século 19 para o 20. E a Galera lança Vamos Juntas?, de Babi Souza, que criou um perfil no Facebook sobre sororidade feminina na rua e virou febre.
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