Foi ao observar a dificuldade de escritores e pequenas editoras para lidar com as inúmeras etapas e tecnicalidades da edição de e-books que a empresa Paradoxo Zero, sediada em Brasília e no Recife, começou a pensar em atender essa demanda. Surgia assim a Paradoxum, focada em oferecer um atendimento especial para quem lançar um e-book nas principais plataformas de venda do país. A empresa oferece uma palestra de apresentação nesta quinta (4/5), às 19h, no auditório do Porto Digital (Rua do Apolo, 235, Bairro do Recife).
Não se trata de uma editora, é bom frisar: a Paradoxum é um serviço pago, que pode incluir a diagramação, conversão e até revisão do material. “A gente quer que o autor se preocupe com a literatura dele, com a concepção de um trabalho. A gente se preocuparia com o restante, dentro das ideias do autor. Pegamos um documento simples e trabalhamos com ele até chegar nas prateleiras virtuais”, explica Fabiola Blah, gerente-executiva do projeto.
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Segundo ela, a empresa surgiu dessa demanda de autores por e-books bem feitos. “Nós nos comprometemos a fazer o projeto para que o escritor não se preocupe com nenhuma tecnicalidade ou questão de compatibilidade entres os vários leitores de e-books”, define Fabiola. O custo do serviço pode variar não é divulgado e pode variar, dependendo da complexidade da obra.
MERCADO DE E-BOOKS
A sede no Recife já existia como parte da Paradoxo Zero – a Paradoxum é um desdobramento dela. “Reunimos nosso conhecimento nesse braço editorial. Começamos aqui por essa facilidade de sede, não é por nenhuma observação de um mercado de e-books”, comenta. Atualmente, o mercado de e-books responde por 10% do mercado de livros no Brasil – nos Estados Unidos, a participação do digital varia entre 20% e 25%.
Plataformas de vendas de e-books, como a própria Amazon, oferecem modelos simplificados de edição de e-books. Existem também sites como o Autografia, Cia do E-book, entre outros.
A Paradoxum promete ceder, em casos específicos, até 70% do valor do livro como direito autoral para os escritores – é, segundo Fabiola, um valor maior do que as grandes casas editoriais costumam cobrar, mas é semelhante ao que a Amazon oferta. “Editoras tradicionais acabam querendo aplicar na edição digital a mesma estratégia dos livros físicos, que são caros por conta da impressão e da circulação. Acreditamos que os livros digitais têm menos custos e deviam ser mais baratos”, afirma Fabiola.