Banimento

Editora neofascista é proibida de expor na Feira do Livro de Turim

Após protestos e ameaças de boicote, a editora Altafonte, abertamente neofascista, foi excluída da Feira do Livro de Turim

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Publicado em 09/05/2019 às 9:15
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Após protestos e ameaças de boicote, a editora Altafonte, abertamente neofascista, foi excluída da Feira do Livro de Turim - FOTO: Foto: AFP/Reprodução
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A editora italiana abertamente neofascista Altaforte foi excluída da Feira do Livro de Turim, que abre nesta quinta-feira, depois de provocar polêmica no setor literário, anunciaram seus organizadores.

"O contrato foi anulado", declarou Silvio Viale, presidente da associação organizadora desta feira internacional realizada todos os anos em Turim, no noroeste da Itália.

No entanto, o polêmico editor Francesco Polacchi apareceu esta manhã na feira com cópias de "Io sono Matteo Salvini," o livro de entrevistas com Matteo Salvini, ministro do Interior e chefe do partido Liga, de extrema direita, assinado pela jornalista Chiara Giannini.

"Se eles ainda querem liberdade de expressão, estou esperando por eles", escreveu em sua página no Facebook antes de aparecer na entrada da feira. 

Queixas

Na quarta-feira, a região do Piemonte e a cidade de Turim apresentaram uma queixa por apologia ao fascismo contra a editora Polacchi, próxima ao movimento neofascista CasaPound.

A denúncia se deveu às declarações do editor, que descreveu Benito Mussolini como o "melhor homem de Estado italiano" e opinou que "um pouco de ditadura não faz mal".

Na lei italiana, a apologia ao fascismo é um crime que pode ser punido com penas de seis meses a dois anos de prisão. 

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