Sepultura faz retrospecto da carreira em novo álbum

A ideia, segundo a banda, é contar a história do grupo, enfatizando o presente
RAFAEL CARVALHEIRA
Publicado em 09/06/2011 às 12:10
Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagem


Com 26 anos de estrada, a banda Sepultura pode se dar ao luxo de fazer uma sequência de discos conceituais. "Kairos", o 12º álbum de estúdio do grupo, que será lançado no dia 24, é o terceiro deles. A palavra vem da mitologia grega e remete ao conceito de tempo não cronológico. A ideia, segundo a banda, é contar a história do grupo, enfatizando o presente. Até a ordem das canções é disposta desta forma, separadas pelos anos 2011, 1433, 5772 e 4648. "Todos esses anos são referentes a 2011, nas culturas islâmica, judaica e chinesa", explica o baixista Paulo Xisto.

Na terça-feira, um dia após "Kairos" vazar na internet, a banda reuniu a imprensa num pub da Rua Augusta para a apresentação oficial do disco. "Contamos a história da banda por meio dessas músicas", diz Xisto. Este lançamento fecha uma trilogia de álbuns temáticos. O primeiro foi "Dante XXI", inspirado na obra "A Divina Comédia", do escritor italiano Dante Alighieri (1265-1321). O seguinte, "A-Lex", lançado em 2009, teve como base o livro "Laranja Mecânica", de Anthony Burgess (1917-1993). "O que fazer em seguida? Que história contar? Decidimos que era a hora de falar sobre nós próprios."

A gravação de "Kairos" também inovou ao ser transmitida ao vivo pela internet, enquanto os integrantes estavam no estúdio da Trama, em São Paulo. "Os fãs puderam se conectar com a banda e entender o que estava se passando", diz o vocalista Derrick Green. "Algumas letras os fãs não sabiam do que se tratavam. Conversamos com eles pelos chats e ouvimos suas opiniões", conta.

O álbum começa com "Spectrum". Nela, a banda canta um pouco de sua história, em inglês. Traduzido para o português, seria: "Com esse olhar, nós chocamos o mundo". Àqueles que vêm criticando de forma anônima a banda, pela internet, dizendo que ela não é mais a mesma, o grupo manda o recado em Mask: "Morra atrás de sua máscara. Esconda, morra, esconda. Tire essa máscara", cantada em inglês.

"Kairos", segunda faixa do álbum homônimo, é uma das mais pesadas. Nela, há um virtuoso solo de Kisser. Aliás, o disco parece ter sido feito para destacar sua guitarra e o baixo de Xisto. Ao todo, são 14 faixas, das quais duas - "Firestarter" e "Point of No Return" - entram como bônus para o público brasileiro. O álbum teve a produção de Roy Z (Judas Priest, Rob Halford, Bruce Dickinson e Helloween). As informações são do Jornal da Tarde.

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