CARNAVAL

Abram alas para o funk carioca no Rec-Beat

Em sua apresentação no Recife, o DJ Sany Pitbull conta com a participação do rapper Zé Brown

Isabelle Barros
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Isabelle Barros
Publicado em 11/02/2012 às 6:00
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Na casa de Sérgio Dias Silva, bastava ouvir o som que saía da radiola para deduzir quem estava na sala. O pai, catarinense, curava o banzo do Sul com ritmos da região, enquanto a mãe, baiana, fazia a vizinhança ouvir, em alto e bom som, sua paixão pela disco music. O tio, membro de uma escola de samba, e os primos, fãs de heavy metal, engrossaram o caldo musical que resultou em um dos DJs de funk mais experientes do país: Sany Pitbull, quarta das sete atrações de domingo do Festival Rec-Beat, no Cais da Alfândega, Bairro do Recife.

Com 26 anos de estrada, o DJ toma o ecletismo como bandeira para escolher os sons de suas apresentações, tanto no Brasil como no exterior. Isso inclui uma parceria com o rapper Zé Brown, que, em seu trabalho solo, experimenta a união do rap com o repente. Os dois se conheceram há dois anos e já trabalharam juntos, em uma música chamada Essa é pra dançar, criada como trilha para um aplicativo de celular e tablet. O pernambucano aproveita a passagem do DJ carioca por aqui para fazer uma participação no show, embora os detalhes ainda não estejam definidos. “Com certeza, não vamos ficar só em uma música”.

Essa é a terceira aparição de Sany Pitbull na cidade e a primeira em evento aberto, não ligado à marca de energético que patrocina várias de suas apresentações. Além das músicas de seu set, Sany promete combinar samples com intervenções ao vivo de bateria eletrônica. “Eu gosto de misturar tudo. Tem desde Daft Punk e Justice, passando por Nirvana, até marchinhas carnavalescas. Vou levar também músicas de outros produtores do Rio pra tocar. Tem muita gente nova, com 18 anos, que está trabalhando muito bem”.

Sany também diz que a música pernambucana, principalmente de Chico Science e Mundo Livre S/A, é uma de suas referências em suas misturas e composições. ”Gosto muito de garimpar elementos percussivos e instrumentais. Quando chego em qualquer lugar, a primeira coisa que quero ouvir é o som de onde estou. Sempre pergunto: cadê a raiz?”. O DJ diz ainda ter ligação com Otto, que também tem faro de pesquisador e mostra a ele as batidas locais. “Já recebi dele vários loops de percussão de Pernambuco e outros Estados do Nordeste”.

Leia a matéria completa na edição deste sábado (11/12) do Jornal do Commercio.

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