Carreira

Ex-integrantes do Cordel retomam carreira

Clayton Barros e Emerson Calado voltam à estrada depopi de dois anos

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 18/04/2012 às 6:00
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DO violonista e guitarrista Clayton Barros, ex-Cordel do Fogo Encantado está com disco pronto e lançamento previsto para junho. Retomou de vez a carreira. Formou o grupo Os Sertões com Rafael Duarte (baixo), Deco Trombone (sopros), Perna (bateria) e aprontou pela Sunset Records (de dois músicos da Riveraid) o álbum A idade do metais, que se distancia do estilo meio messiânico, do Cordel do Fogo Encantado. Tem participação de Otto (na faixa A pedra, de Rafael Duarte) e muitos outros convidados: Felipe Falcão (digital Groove), Yuri Queiroga, Bactéria, Vinicius Sarmento, Jr. Black. O álbum é recheado de metais (daí o trocadilho no título) e em três faixas conta com uma big band. Clayton Barros é autor de quase todas as canções e fez releituras de Galope rasante, de Zé Ramalho (lançado por Amelinha, no disco Frevo mulher, de 1978), e Wheels, de uma cultuada trilha sonora feita por Les Baxter para o filme Hell's belles (dirigido por Maury Dexter, 1970).
Não por acaso, uma das canções intitula-se Do zero. Foi deste patamar que Clayton confessa ter iniciado a carreira solo: “O fim da banda me levou a uma mudança total na minha vida, na vida da minha família, foi um processo dolorido. A banda acabou quando a gente estava no meio de um processo de criação de um novo disco. Investimos muita grana na pré-produção. Se a gente não tivesse investido tanto teria saído com grana para segurar a onda por um tempo. Pior que tínhamos as músicas, mas não gravamos nada. O disco não existiu, e provavelmente nunca existirá. Foi um equívoco, até porque a banda acabou sem a gente esperar”O ex-baterista do Cordel do Fogo Encantado Emerson Calado estreou, sábado passado, em Arcoverde um novo projeto com a banda Nume, formada por Joaquim Izidro (voz e violão), Caio Sotero (guitarra e voz), Alex Nicolas (baixo e teclado).

Discreto em sua época de Cordel do Fogo Encantado, Emerson Calado de certa forma frustrou fãs do seu ex-grupo porque, mesmo que assine boa parte da música da Nume, ele tocou bateria, deixando os vocais com Joaquim Izidro e Caio Sotero: “Este meu comportamento está implícito no próprio título do EP que a gente lançou, A calma. Eu sabia que haveria esta expectativa, porém a minha força maior de comunicação está na percussão. Cantar, tocar outros instrumentos tenho quem faça na banda”, explica o música paulista de nascimento, mas que veio para Arcoverde criança. Considera-se arcoverdense, mas com o fim do Cordel acabou voltando para sua cidade natal.
A Nume nasceu no ano passado, quando Emerson Calado foi convidado para participar de um grupo chamado O Espelho D’água. Quando ele foi tocar com a nova banda trouxe várias canções, melodias e letras conceituais. Terminou a Espelho D’água mudando o nome para Nume: “O nome abriga uma diversidade de significados, mas basicamente é influxo, inspiração divina”, explica Emerson Calado.

A estreia da Nume em Arcoverde, com um pop progressivo, meio Clube da Esquina, com uma temática que tem ainda a ver com os sertões: “As músicas para um disco completo estão prontas. colocamos um projeto na lei de incentivo. Enquanto isso, vamos continuar gravando aos poucos.

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