PRÉ-RÉVEILLON

Fatboy Slim volta ao Recife nesta sexta (28)

Depois de um show gratuito no Bairro do Recife em 2007, DJ inglês se apresenta no Pavilhão do Centro de Convenções, a partir das 21h

Renato Contente
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Renato Contente
Publicado em 28/12/2012 às 6:12
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Depois de um show gratuito no Bairro do Recife em 2007, DJ inglês se apresenta no Pavilhão do Centro de Convenções, a partir das 21h - FOTO: Divulgação
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A notícia de que o inglês Fatboy Slim, top 10 entre os DJs do mundo, faria um show aberto no Marco Zero, há cinco anos, deixou os pernambucanos surpresos numa época em que shows internacionais desse porte (sobretudo gratuitos) não eram tão vislumbrados no Estado. Ainda que, até então, pouco conhecido na capital pernambucana, Norman Cook – nome de batismo do DJ nascido em Brighton – conseguiu superar o número esperado de 60 mil pessoas presentes. Na noite de 1º de fevereiro de 2007, mesmo com uma falha de uma hora no som, ele reuniu cerca de 100 mil em uma pista de dança improvisada com vista para o Capibaribe. Em mais uma turnê pelo Brasil – País para o qual dedica mash-ups e votos de amor –, Fatboy Slim volta nesta sexta (28) ao Recife para um pré-réveillon no Pavilhão do Centro de Convenções, a partir das 21h.

Com referência ao megaevento Big Beach Boutique 5, mais uma das lendárias discotecagens feitas à beira-mar de sua cidade natal, ele ainda passa por João Pessoa (PB), Maceió (AL), Arraial d’Ajuda (BA, na virada do ano), Balneário Camboriú (SC), Guaratuba (PA) e Goiânia (GO). Em entrevista exclusiva ao JC, o “primeiro DJ popstar do mundo” deu a entender que, se depender dele, o show desta noite será um grandioso Carnaval eletrônico.

“É sempre incrível vir para o Brasil, há uma energia extasiante nas apresentações que faço por aqui. As multidões brasileiras são muito especiais, sinto algo muito forte entre as multidões e eu. Não sei nem explicar”, disse Norman, sobre o País o qual diz ter cumprido mais temporadas internacionais. Como prova de afeto e empolgação pelo Brasil, o artista renomeou o hit de Feddle Le Grand Put your hands up for Detroit para Put your hands up for Brazil (I love this country!), além de vestir com orgulho a camisa da seleção (número 9 de Ronaldo) e personalizar o caminhão da turnê de verde e amarelo (“De Brighton para o Brasil”).

Nas picapes desta sexta (28), enfeitadas com objetos que homenageiam a pátria brasileira, o ex-baixista de rock vai mesclar big beat, acid house, funky breaks, trip hop, rave e alternative rock – um punhado da receita que o consagrou, nos anos 1990, como um dos maiores DJs em atividade. Meses antes de completar 50 anos, o homem que já usou os pseudônimos Cheeky Boy (“menino bochechudo”) e Delite (trocadilho para “prazer”) reconhece que foi participante ativo no desenvolvimento do gênero eletrônico nas últimas décadas, sobretudo no aumento da interação com o público.

CARREIRA
Depois de abandonar o baixo da The Housemartins, Norman Cook começou a tatear as aparelhagens de DJ com o single Won’t talk about it/Blame it on the bassline (1989), antes de integrar o trio Pizzaline, com JC Reid e Tim Jeffery. O quarto álbum (Halfway between the gutter and the stars, "Entre a sarjeta e as estrelas"), de 2000, foi definitivo para o estabelecimento de Fatboy como mestre da carrapetas, trazendo à tona o mundo das celebridades, informações sensacionalistas e exposição pública excessiva – talvez um presságio para a intensidade violenta que esses itens iriam ganhar no novo milênio.

Quando perguntado sobre como vê o gênero eletrônico – e a si próprio – em 10 anos, ele atiça o carpe diem: “O som muda, mas a essência é invariável. Sempre haverá gente jovem – de espírito e de carne – disposta a se entregar à música. Isso não me preocupa. Tento não pensar nisso, ou fazer grandes análises. Eu sigo produzindo”. Além das multidões que agrega nos shows (nunca menos que 5 dígitos), Fatboy se construiu um artística extra-midiático sobretudo através da internet, a Meca para os que desejam divulgar trabalhos como DJ. Dentro da série de shows que fez no Brasil em 2007 (com direito a uma apresentação pocket no Big Brother Brasil), o inglês participou, ao vivo, de uma rave no Second life, rede social em realidade virtual.

Fatboy ainda alimenta seus Twitter e Facebook com atualizações (campanhas humanitárias, Instagram, novos shows) e mash-ups concebidos para ocasiões especiais. Até a tarde de ontem, seus seguidores somavam 55.533 no Twitter mais 622.693 no Facebook. Seu último mix divulgado foi um bom enxerto entre a intensa I feel love, de Donna Summer, e o megahit de Adele Rolling in the deep (1.801 curtidas, 54 retuítes), de acordo com Fatboy, “uma boa possibilidade de aquecimento para os shows da turnê brasileira”.

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