Metal

Banda Mad Old Lady investe em trio de vocalistas

Paulistanos são influenciados por Deep Purple, Lynyrd Skynyrd, Manowar, Humble Pie

AD Luna
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AD Luna
Publicado em 14/04/2013 às 13:18
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Olhando de maneira global e não individualmente (banda por banda, artista por artista) talvez seja possível afirmar que o heavy metal é o estilo mais diverso dentro do mundo do rock – pelo menos no que se refere a suas inúmeras subdivisões. No Brasil, mesmo estando longe das paradas radiofônicas e dos holofotes da grande mídia, há bandas que procuram se sobressair tentando acrescentar novas formas de interpretar suas criações. Este é o caso da paulistana Mad Old Lady, que em seu primeiro álbum (Viking soul) resolveu apostar na formação com três vocalistas, algo bastante raro no meio metálico.

“Sempre imaginei minhas músicas em coros, como hinos. Cantar em três vocais é uma ousadia no heavy metal – arrisquei e a maioria gostou quando fiz os primeiros testes só com a minha voz cheguei a colocar cinco vozes minhas, quase enlouqueci – parecia uma criança com brinquedo novo. Não consigo ficar sem os outros vocais”, entusiasma-se Eduardo Fagundes, líder e fundador do grupo.



Segundo o vocalista, a repercussão em torno do lançamento do CD tem sido muito boa e, por isso, o grupo está animado. Além dele, integram a banda Guga Bento (bateria), Gabi Moraes (baixo), Tiago Moura e Guilherme Spilack (guitarras) e Rafael Agostino (teclado) e os outros colegas da voz, Marcelo de Paula e Flávia Tunchel.

Entre as principais influências do grupo estão Deep Purple, Lynyrd Skynyrd, Manowar, Humble Pie, Queen, Saxon e Black Sabbath. Mas, além de artistas de metal e hard rock, Eduardo também se diz inspirado pelo clássico. “Aprendi flauta transversal com 13 anos e música erudita. Minha mãe é pianista e cresci com um piano a minha vida inteira desde o útero materno. Não tinha como não inserir piano, cravos, violinos, flautas, harpas nas canções do Mad Old Lady”, diz. 

Sobre as letras, Fagundes diz criá-las a partir de imagens que surgem em sua cabeça quando ele ouve música. “Conseguiria fazer um filme com cada uma. Faço os primeiros acordes e as imagens chegam com sentimentos fortes que me empurram a determinados temas dramáticos. Pode parecer meio ‘doido’ mas chego a escutar a mesma música por duzentas vezes seguidas até o filme da minha cabeça acabar”, revela.



Apesar de não soar tão inovador, o Mad Old Lady deve agradar a fãs de hard rock e do metal mais melódico. Os momentos mais interessantes do disco acontecem justamente em trechos de músicas onde são introduzidos elementos sonoros não tradicionalmente metálicos. O que pode ser observado/ouvido em Mad train, Prison, Someone, entre outras. 

Já que a banda investe na presença de três vocalistas, seria interessante também ouvir os outros cantores – além de Eduardo Fagundes – liderando a interpretação de algumas canções. Algo como o Titãs fez muito quando o seu número de integrantes era maior do que o atual.

 

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