TREMENDÃO'

Erasmo Carlos em noite de rock, amor e sexo

O show aconteceu no Baile Perfumado e comemorou 50 anos de estrada do artista.

Beatriz Braga
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Beatriz Braga
Publicado em 06/05/2013 às 8:39
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O show de Erasmo Carlos é sexo explícito. Em palavras. O cantor e compositor entra no palco já oferecendo os conselhos que aprendeu ao longo dos 50 anos de estrada: “Melhor que sexo, só sexo com amor. Crescei e multiplicaivos. É com muito amor que desejo feliz sexo para vocês”. Fiel defensor que para ser completo entre quatro paredes é preciso coração cheio, é como um romântico inveterado sem papas nas línguas que ele não perde tempo e começa o repertório já perguntando “Em que posição?”, no refrão da música Kama-Sutra. A canção, feita em parceria com Arnaldo Antunes, faz parte do mais recente disco Sexo, que inspira a turnê Sexo & Rock’N’Roll. O show foi no Baile Perfumado, no sábado (4). Victor Camarote, com o projeto Calhambeques, completou a noite.

Mesmo visivelmente afetado pela gripe, Erasmo fez quase duas horas de espetáculo e divertiu o público conversando com os fãs. O show é um apanhando de sua carreira, desde os tempos da jovem guarda – da época em que, acompanhado por Roberto Carlos e Wanderléa, movimentava o Brasil ao som do iê-iê-iê –, até os tempos mais escancarados de hoje, com seus vigorosos 72 anos. “Nunca antes na história desse País vocês viram um homem tão feliz cantando no palco”, confessa.

No palco entra acompanhado da banda Os Filhos de Judith, formada por jovens. Da leva de composições mais recentes, cantou Amorticídio e Cover. Dos sucessos antigos, fizeram a noite hits como Mulher, Quero que tudo vá para o inferno, Vem quente que eu estou fervendo, Minha fama de mau, É proibido fumar, Sentado à beira do caminho e É preciso saber viver.                        

 “Se Roberto Carlos não canta Detalhes no show ele é crucificado. Os Los Hermanos não cantam Anna Júlia porque não querem. Mas eu não quero ver ninguém triste”, anuncia, sabendo que seu público enlouquece ao som da famosa Gatinha manhosa. E os fãs, de fato, não se decepcionam.

Erasmo para o show para fazer uma enquete: quantos dos homens presentes veem novela. Em número bem inferior à quantidade de mulheres, ele conclui que aquilo só pode ser mentira. “Eu vejo sempre porque os diretores sempre me prestigiam”, conta lembrando que em Salve Jorge, a música Mais um na multidão – gravada em parceria com Adriana Calcanhotto – é o tema dos personagens Érica e Theo. “Mas aí chegou uma tal de Morena querendo ficar com Theo e toca a música Esse cara sou eu, de Roberto Carlos”, brinca.

Para dar adeus aos fãs, a música Festa de arromba soa pertinente. “Eu acho vocês muito loucos, porque há 50 anos vocês me mimam. E a tendência de um homem mimado é ficar abusado. E eu tenho orgulho de ser abusado por conta de vocês”. Apaixonado, Erasmo encerra noite de ode ao rock, ao sexo, aos cabelos brancos e à virilidade. 

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