O choro baixo de Guadalupe era o único som que se ouvia no hall de entrada da Assembleia Legislativa de São Paulo, no final da manhã desta quarta (24). Viúva de Dominguinhos, ela limpava o rosto dele, envolto em rosas e com uma expressão de descanso, enquanto chegavam amigos, fãs, jornalistas e familiares. O velório do artista que, aos 72 anos, morreu às 18h de terça-feira (23), no hospital Sírio-Libanês, em decorrência de complicações de um câncer no pulmão, continua esta quinta (25) na Assembleia Legislativa de Pernambuco, aberto à visitação pública. Até agora, não estão confirmados local e horário do sepultamento.
O filho mais velho do músico, Mauro Moraes, disse que Dominguinhos gostaria de ser sepultado em Garanhuns, sua cidade natal: “Eu acho que se deve obedecer o desejo dele. Mas na minha opinião, deveria ser em Nilopólis, no Rio de Janeiro, onde estão os pais e irmãos dele”. “Não sabemos ainda como vai ser. Vamos chegar e ver como ficam as coisas”, disse Guadalupe.
Segundo ela, o enterro do músico, que será realizado em Pernambuco, não deve ocorrer antes de sexta-feira (26). “O povo não vai deixar sepultar antes, porque o povo é louco por ele, há uma admiração e um amor muito grande do povo de lá por ele”, afirmou.
SHOW - À noite, uma série de artistas de renome nacional fará uma apresentação em homenagem a Dominguinhos no Chevrolet Hall. O dinheiro arrecadado será utilizado para quitar a dívida do tratamento do músico com o Hospital Sírio-Libanês. Ele estava internado em São Paulo desde janeiro.
Os ingressos para o show custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada). A mesa para quatro pessoas sai por R$ 500 e os camarotes custam de R$ 600 a R$ 1.000. Os bilhetes estão à venda nas lojas Renner e no Chevrolet Hall.