DISCO

Leo Gandelman rende tributo aos saxofonistas nordestinos

Em Ventos do Norte, músico carioca recria temas que revelam as origens no País de uma escola com linguagem própria

João Marcelo Melo
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João Marcelo Melo
Publicado em 25/08/2013 às 6:00
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A busca pelas origens do saxofone brasileiro levou o carioca Leo Gandelman a voltar os olhos para o Nordeste e seus instrumentistas pioneiros que emigraram para o Rio de Janeiro em meados do século 20. Em Ventos do Norte (Saxsamba/Azul Music), que acaba de lançar, Gandelman recria 13 temas instrumentais de oito saxofonistas/compositores. O disco tem a participação do maestro Spok, que tocou e fez os arranjos para as duas últimas faixas, os frevos Cara lisa (Maestro Duda) e Bicho danado (Zumba)..

"Ventos do Norte faz referência não somente ao Nordeste, que por muito tempo foi chamado de Norte pelos sulistas, mas também à influência das big bands norte-americanas, que chegavam aos ouvidos desses músicos nordestinos pelas rádios de ondas curtas dos Estados Unidos", explica Gandelman. Ele conta que, quando alguns destes saxofonistas chegaram ao Rio de Janeiro, o sax era um instrumento muito novo. 

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"Por conta disso, eles trouxeram elementos interessantes que fizeram com que o instrumento ganhasse uma identidade própria no Brasil", diz. "E todos esses saxofonistas são também compositores que têm uma personalidade marcante." Gandelman começou a investigar as matrizes do sax brasileiro em 2006, quando lançou o disco Radamés e o sax, no qual se debruçou sobre as obras de Radamés Gnattali que privilegiam o instrumento. "Pretendo fazer uma tetralogia sobre o desenvolvimento da linguagem do sax no Brasil. Tenho a parceria do (violonista e arranjador) Henrique Cazes nesse projeto", diz.

 

Leia a íntegra da matéria na edição impressa do Caderno C deste domingo (25).

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