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O Rappa e Ponto de Equilíbrio levam dez mil pessoas ao Centro de Convenções

Chorão e Champignon, da Charlie Brown Jr., e Chico Science foram homenageados pelo vocalista Falcão

Jorge Cavalcanti
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Jorge Cavalcanti
Publicado em 11/11/2013 às 10:01
Charles Johnson/Divulgação
Chorão e Champignon, da Charlie Brown Jr., e Chico Science foram homenageados pelo vocalista Falcão - FOTO: Charles Johnson/Divulgação
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A fórmula era garantia de sucesso de público. O Rappa e Ponto de Equlíbrio, duas bandas cariocas de forte identidade com o Recife, lotaram o pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda, na noite do sábado e madrugada dodomingo. Era a volta ao palco do quarteto formado por Falcão (voz), Marcelo Lobato (bateria), Lauro Farias (baixo) e Xandão (guitarra), depois de um hiato de pouco mais de dois anos sem show no Grande Recife. Ano passado, O Rappa esteve em Caruaru, no Agreste.

O repertório do novo show foi montado com base no disco mais recente, Nunca tem fim, o nono de uma carreira de 20 anos. Mas quando o assunto é O Rappa, não há como fugir das músicas de trabalhos anteriores. O que sobrou do céu e Me deixa são bons exemplos. Na introdução de cada canção velha conhecida, o público reagia com euforia. Foram quase duas horas de show, iniciado à 1h45 do domingo.

Chorão e Champignon, integrantes da Charlie Brown Jr. mortos recentemente em circunstâncias parecidas, foram lembrados no palco, logo no início da apresentação. Falcão citou a dupla e Chico Science, sendo aplaudido calorosamente. Sobrou uma reverência até para o músico Lula Queiroga, presente ao show. Quem olhava de cima, da sacada de uma das escadarias, não havia como distinguir o front stage, espécie de camarote de ingresso mais caro e sem nenhuma vantagem a mais, da “pista”. O pavilhão do Cecon estava inteiramente lotado.

Antes de O Rappa e da forte presença de palco de Falcão, o público dançou embalado por outro rasta, Hélio Bentes, vocalista da Ponto de Equilíbrio. Com uma apresentação enxuta, de cerca de uma hora, a banda – considerada por muitos como a melhor de reggae do Brasil hoje – lançou mão da intimidade que já tem com o público recifense/olindense. Formada por moradores da Vila Isabel, Ponto é presença frequente pelas bandas de cá, o que explica o fato de todas as músicas serem cantadas em coro do início ao fim.

O sucesso de público - extra oficialmente estimado em cerca de dez mil pessoas - foi sentido também na hora de comprar bebida e na volta para casa. Para molhar a garganta, era preciso, em certos momentos, uma dose de paciência.  Mas nada que tirasse o brilho da festa. Problema mesmo tiveram centenas de pessoas que deixaram o carro na garagem para não ter problemas com a Lei Seca. Era preciso sorte para conseguir “pescar” um táxi, disputado na pista pelos pretensos passageiros antes mesmo do veículo parar, o que explicou a chegada ao lar de alguns já com o dia claro.


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