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Fábio Trummer volta às origens rockeiras em seu novo projeto

Trummer SSA lançou primeiro registro na semana passda. Além de Fábio, projeto reúne dois integrantes da banda Vivendo do ócio

Valentine Herold
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Valentine Herold
Publicado em 08/02/2014 às 7:30
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Trummer SSA lançou primeiro registro na semana passda. Além de Fábio, projeto reúne dois integrantes da banda Vivendo do ócio - FOTO: Foto: Divulgação
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Esqueça os frevinhos e sambas-rock característicos da Eddie, Fábio Trummmer decidiu voltar aos seus anos 1980 e às origens do rock’n’roll em seu novo projeto paralelo. Intitulado de Trummer SSA, Fábio decidiu juntar-se a dois jovens músicos: Luca Bori e Dieguito Reis, respectivamente no baixo e bateria – ambos da banda baiana Vivendo do Ócio. O primeiro álbum da banda foi lançado na semana passada, via internet. O registro físico (em CD e LP), só em março, depois do Carnaval.

O nome escolhido para o CD foi Super sub américa e o motivo o famoso livre de Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina. “Ele fala que, na verdade, somos no máximo a ‘sub américa’ porque América mesmo, são os EUA, pela história do continente, as colonizações. Peguei essa ideia que deu o norte para as letras das músicas”, conta Fábio. Mas nem as letras vieram antes do pontapé ideológico; nem a recíproca é verdadeira. Foi tudo mais ou menos em conjunto. “Eu já tinha algumas coisas escritas nesse sentido, mas depois virou intenção mesmo.”

Além do nome do CD, o próprio nome do projeto também é carregado de significado: é um trocadilho com seus integrantes. Trummer, obviamente, por causa de Fábio; e SSA pela origem soteropolitana de Luca e Dieguito. “É um projeto bem meu, na verdade. Mas não é solo, por que tem uma banda, sem contar que os meninos imprimem também suas marcas no trabalho”, analisa. 

Exceto Eu tenho fé, escrita pelo ex-parceiro da Eddie e conterrâneo olindense, Rogerman, as outras nove faixas de Super sub américa foram escritas e musicadas por Fábio. O mergulho no universo rockeiro oitentista era um desejo antigo do músico, mas algumas músicas acabam por lembrar – aos ouvidos mais atentos da produção de Trummer – riffs da Eddie. Medo da Rua lembra por momentos Casa de marimbondo, do disco Veraneio (2011), enquanto Canibal remete à faixa título do mesmo álbum. 

E nada na Trummer SSA parece estar livre de significados. O galo pintado que estampa o pano de fundo do site do projeto e o encarte do álbum é outra analogia à América Latina. “É ao mesmo tempo uma criatura vaidosa e feroz. O galo tem seu território, defende sua família”, conta o idealizador do grupo.

As ideias e o planejamento da Trummer SSA parece fluir de maneira natural, tranquila e Fábio se revela da mesma maneira com o formato tão diferente da Eddie de fazer e levar a música. “A banda inteira mora no Recife. Só eu da Eddie que estou em São Paulo e isso dificultava também para ficar fazendo show aqui. Tocar para 500 pessoas não era viável com o grupo em termos de cachê e custos para trazer todos”, explica Fábio. “Decidir então ter essa alternativa de pegar meu instrumento e ir tocar num pub, é um formato do qual eu gosto muito. Fico mais próximo do público."

Leia matéria na íntegra na edição deste sábado (8) do Caderno C, no Jornal do Commercio

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