Som da Rural está garantido

Prefeitura do Recife acerta com produtor Roger de Renor a continuidade do projeto, suspenso por razão burocrática
Diogo Guedes e Valentine Herold
Publicado em 10/02/2014 às 21:32
Prefeitura do Recife acerta com produtor Roger de Renor a continuidade do projeto, suspenso por razão burocrática Foto: Foto: Inaldo Menezes/PCR


A intervenção por parte da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Secon) na última edição do projeto Som na Rural, encabeçado por Roger de Renor, na última sexta-feira, levou a discussões na internet sobre as medidas políticas tomadas ultimamente pela Prefeitura do Recife e pelo governo do Estado em relação às manifestações culturais em espaços públicos. Restrições nos horários das sambadas de maracatus na Zona da Mata Norte e dos blocos carnavalescos somam-se ao ocorrido como o Som na Rural.

O projeto vem acontecendo desde o início do mês de janeiro na Rua da Aurora, vigiado e abençoado pelo caranguejo gigante. Na sexta, os shows foram interrompidos pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) porque o veículo do projeto estava estacionado na calçada. Nesta segunda-feira à tarde, Roger se reuniu com o secretário de Turismo e Lazer, Felipe Carreras; o presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Roberto Lessa, e o gestor da Secon, João Braga, para definir o futuro do Som na Rural.

“A Secon tem que entender que um quiosque de comércio na rua é diferente de um projeto que divulga música, cultura. Não dá para tratar da mesma forma. A Secretaria de Turismo apoia nosso projeto institucionalmente, portanto é importante que as secretarias dialoguem”, avalia o idealizador do Som na Rural.

A reunião durou cerca de duas horas na PCR. Ao final do encontro, Roger – que chegou a divulgar que esperava um pedido de desculpas – e o diretor do Som na Rural, Nilton Pedroso, saíram satisfeitos. “A operação foi agressiva e muito fria, mas os problemas que impediram o programa de acontecer foram burocráticos mesmo”, contou Roger. “Felizmente, ficou assegurada a continuidade do projeto, que já tem garantido o uso do solo para as duas próximas edições”, disse o produtor.

Um das questões que ficou clara, para ele, é a necessidade de discutir a possibilidade de ocupação da ruas pelas próprias pessoas – um dos bons exemplos, para ele, foi o encontro organizado na Praça de Casa Forte no último domingo. “As pessoas têm que sair dos bares e dos lugares fechados. É preciso desburocratizar esse processo de fazer eventos em lugares públicos”, apontou. A próxima edição do projeto, nesta sexta, vai contar com Siba Veloso e Bongar, discutindo também os problemas da semana anterior.

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