Martinho da Vila lota Manhattan com seus sucessos e sambas-enredo

Os sambas de Martinho da Vila acompanham a vida de boa parte dos brasileiros, em especial, a dos fanáticos pelo samba. Em uma estada de três dias, o cantor fluminense trouxe para o Manhattan Café Theatro, em Boa Viagem, o show da sua atual turnê, baseada no CD Enredo. Com casa lotada, a apresentação passou pelos clássicos de Martinho e também por seus sambas-enredo favoritos. Os ingressos custavam entre R$ 190 e R$ 210.

Na apresentação de sábado (23/8), como já é tradição no espaço, a noite começou com a apresentação do grupo Garçons Cantores, com clássicos do cancioneiro brasileiro e hits da música pop. Às 1h do domingo, o cantor fluminense subiu no palco, começando o show sozinho. Ali, tirou da manga logo alguns dos seus principais sucessos, como Devagar, devagarinho, Casa de bamba e, munido de um pandeiro, Aquarela brasileira. “Dá para brincar a noite inteira assim, só cantarolando”, disse Martinho, antes de convidar sua banda para subir no palco.

Sempre com um sorriso no rosto, o cantor apostou – como acontece normalmente no espaço – em fazer um show intimista. Martinho, aos 76 anos, parece continuar cantando também pelo prazer de ver tanta gente se reconhecer nas suas melodias e letras. Ao longo do show, conversou com o público, brindou e até lembrou que é cidadão jaboatonense (“ou seja, sou de certa forma também pernambucano”) antes de cantar o samba-enredo sobre a cidade, Onde o Brasil aprendeu a liberdade.

Logo no começo da apresentação, parte do público saiu das mesas para curtir o show dançando. O show se diferenciava de uma passagem a limpo de sua carreira porque Martinho aproveitou para retomar outros sambas-enredos seus, com destaque para Sonho de um sonho, mais um feito para sua escola de samba de coração, a Vila Isabel. Aproveitando a deixa, até recomendou os ensaios do grupo para quem já está no clima de Carnaval e vai passar pelo Rio de Janeiro.

Não faltaram, ainda assim, as preferidas do público. Em pouco mais de 1h30 de show – só o bis durou cerca de 30 minutos - ele entoou mais de 20 músicas, incluindo Disritmia, Mulheres, Madalena do Jucu e Canta, canta, minha gente. Um show de um compositor experiente, que não erra na formula mesmo quando traz novidades no repertório.