O que seria somente um álbum, uma reunião de amigos e amores, quase um encontro familiar, resultou numa turnê. Depois de ter se apresentado no Festival MPB, em dezembro passado, a Banda do Mar – leia-se Mallu Magalhães, Marcelo Camelo e o baterista portuga Fred Ferreira – retorna ao Recife para se apresentar, no Baile Perfumado, às 22h de hoje.
“Quando chegamos quase no fim, os shows tinham sido lindos e o público estava cada vez mais conhecedor do disco. Então, faria sentido estender, e ainda bem que o fizemos porque tem sido fantástico este ano também”, conta Fred.
Segundo o músico, o show no Recife foi maravilhoso: “Foi dos shows que guardo, com maior carinho, na memória. O público do Recife foi muito caloroso conosco e nos sentimos em casa”. O show agora tem algumas pequenas mudanças, conta ele, considerando que o grupo está em seu melhor momento ao vivo. “Por isso, será imperdível”. Mais ninguém, Mia, Vá e Hey Nana estão entre as canções já escaladas para a apresentação.
Confira integralmente a entrevista que o Jornal do Commercio fez com o músico Fred Ferreira:
JORNAL DO COMMERCIO - Como a proximidade, praticamente familiar, do trio influi no processo criativo da Banda do Mar - no disco, e na turnê? O que existe de criação nos palcos, pós-gravação?
FRED FERREIRA - Realmente a nossa amizade e cumplicidade reflecte-se em tudo, começa no estúdio na altura de composição, e é importante porque passamos a compor (Marcelo e Mallu) ou a fazer os arranjos para nós os 3. Sem um de nós seria sempre bastante diferente. No show é igual, conhecemo-nos bem, apoiamo-nos muito no show uns aos outros e todas as noites é diferente por causa do público de cada cidade. Acho que a participação do público ajuda de facto a criação daquele momento de nós os 3 (ou 5 ao vivo) para passar a ser um momento nosso de todo o mundo que está na sala de show.
JC - Vocês começaram no estúdio e a Banda do Mar segue firme, realizando shows, em sobrevida. De onde vem o fôlego para esticar mais um pouquinho o projeto que, inicialmente, iria até o fim de 2014? Qual a parcela de contribuição dos fãs nesse prolongamento?
FRED - Foi de facto muito importante. Quando chegamos quase no fim da primeira perna em dezembro, percebemos que estavamos com muita vontade de voltar porque os shows tinham sido lindos e o público estava cada vez mais conhecedor do disco, então faria sentido estender. E ainda bem que o fizemos porque tem sido fantástico este ano também.
JC - Li em alguma entrevista recente que a Banda do Mar tem algum material audiovisual guardado, que poderia render um DVD. É mais um fôlego pra banda continuar firme e forte?
FRED - Sim, fomos captando material ao longo da turnê e planeamos lançar um DVD até final do ano.
JC - Como se dá com a relação dos fãs recifenses com a Banda do Mar? Vocês voltam menos de seis meses após a estreia no Festival MPB. Como foi o feedback naquele show? Existe alguma diferença na apresentação que vocês fazem agora, no Baile Perfumado?
FRED - Esse show foi maravilhoso. Foi dos shows que guardo com maior carinho na memória. O público do Recife foi muito caloroso conosco e nos sentimos em casa. O show agora tem algumas mudanças (pequenas) e considero que estamos no nosso melhor momento ao vivo, por isso será imperdivel.
JC - A última pergunta diz respeito às conciliações: trabalhos individuais de Mallu, Fred e Marcelo e coletivo (grupo? conjunto? projeto?) Banda do Mar; e a ponte entre Brasil e Portugal. O que pode limitar e/ou expandir a música do trio, a partir dessas dualidades?
FRED - Trabalhamos com uma agenda feita com bastante antecedência e estamos de facto os 3 focados na nossa banda no último ano por isso sempre correu bem tudo :)
