DISCO

Márcio Oliveira mistura jazz, funk, soul e embolada em seu primeiro álbum solo

Trompetista de bandas como Dessineé, N'Zambi, Abeokuta e Orquestra do Sucesso, o músico lança Encabeçando, disco dedicado ao trompete e música afro

Alef Pontes
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Alef Pontes
Publicado em 07/05/2015 às 5:34
Jedson Nobre/Divulgação
Trompetista de bandas como Dessineé, N'Zambi, Abeokuta e Orquestra do Sucesso, o músico lança Encabeçando, disco dedicado ao trompete e música afro - FOTO: Jedson Nobre/Divulgação
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Um dos mais requisitados trompetistas da música pernambucana, Márcio Oliveira (Orquestra do Sucesso, N’Zambi e Dessineé) se prepara para estrear em carreira solo, nesta quinta-feira (07), a partir das 21h, com o lançamento do álbum Encabeçando. Dedicado ao seu instrumento, o trabalho promete colocar todo mundo pra dançar uma contagiante mistura de jazz, funk, soul, embolada e batidas regionais em uma ode à música afro-brasileira. 

Com direção musical e produção de Claudio Negrão e coprodução de Marco Axé, Encabeçando é uma prova de como a brodagem e parcerias movimentam a música independente no Estado. Um time de peso formado por ninguém menos que Toca Ogan, Isaar, André Sampaio, Willy Boy, Hugo Carranca, Bactéria, Gilsinho, Gilú, Zé Cafofinho e Zé Brown acompanha o artista na sua estreia solo. 

Segundo Márcio, a proposta era fazer um disco de música afro-brasileira, alto astral, bem no clima Original Olinda Style: “Eu queria gravar um álbum dançante, que todo mundo gostasse de ouvir. Não fiz um disco só com a intenção de um registro musical, mas para as pessoas curtirem, se divertirem”. Ele explica ainda que o desejo de investir nessa sonoridade veio após o contato com o afrobeat de Fela Kuti. “Sempre gostei muito daquele tipo de som, e aí recebi o convite para participar da Abeokuta. Foi amor à primeira vista com a música afro”, conta.

Outro desejo era valorizar o trompete, que geralmente fica escondido na “cozinha” do palco: “Estou sempre tocando nas bandas e nunca os metais estão na frente. O mais importante foi colocar o trompete como peça fundamental, o solista do trabalho”, revela o músico, que já integrou as Orquestra de Pau e Corda, o Coral Edgard Moraes e a Orquestra Popular do Recife.

O resultado foi o melhor possível. Márcio conseguiu, com as 12 músicas de Encabeçando, deixar para trás o rótulo de instrumental e tem tudo para ser um dos discos mais interessantes do ano. Destaque para as faixas Coco em quixadá, Maranguape é assim, com participação do rapper embolador Zé Brown, e a mística Odara, com Toga Ogan e Isaar nos vocais. 

Confira entrevista em vídeo para a TV JC:

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