Abraçar e Agradecer

Fãs de Maria Bethânia prontos para o show em Pernambuco

Cantora baiana se apresenta neste sábado no Teatro Guararapes, Centro de Convenções

Mateus Araújo
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Mateus Araújo
Publicado em 27/06/2015 às 6:22
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Cantora baiana se apresenta neste sábado no Teatro Guararapes, Centro de Convenções - FOTO: Divulgação
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Apenas 2.400 pessoas verão o show dela no Recife. Não deu para quem quis: há dois meses, em menos de uma hora de vendas, os ingressos estavam esgotados na bilheteria do teatro; no site, não duraram nem 15 minutos. Por que não uma sessão extra? Porque no ano em que celebra seus 50 anos de carreira, falta tempo na concorrida agenda de Maria Bethânia. Shows e homenagens, no Brasil e até na Europa, celebram as cinco décadas de carreira de uma das mais marcantes e celebradas intérpretes brasileiras. 

Abraçar e Agradecer, título da turnê festiva, é apresentado hoje, às 21h, no Teatro Guararapes, Centro de Convenções de Pernambuco. Direção e cenografia são de Bia Lessa – que também assinou outros shows de Bethânia, como Carta de Amor (o mais recente), Amor, Festa e Devoção e Dentro do Mar Tem Rio. A luz é assinada por Binho Schaefer (em parceria com a diretora) e a coordenação e produção musical são de Guto Graça Mello, produtor responsável por álbuns marcantes da cantora como Ciclo (1983) e As Canções que Você Fez pra Mim (1993).

Superfã de Maria Bethânia, o cantor e compositor pernambucano Geraldo Maia foi um dos pernambucanos que não conseguiram ingressos para a apresentação. “Cheguei ao Centro de Convenções e já estava o aviso: ‘Maria Bethânia, esgotado’”, lembra Geraldo, que descobriu a Maricotinha ainda na adolescência, ao ouvir o disco Rosa dos Ventos (1971) e desde então tornou-se admirador. “Ela tem uma coisa incrível, de cena, um domínio. Primeiro, um timbre de voz raríssimo, muito especial; depois, essa mistura do domínio cênico”, explica o pernambucano. “Bethânia tem um magnetismo profundo. Ela entra em cena e engole tudo.”

Para conseguir seus três bilhetes (um para ela, um para a filha e outro para o marido), a advogada Ana Salles chegou bem cedo ao Teatro Guararapes, em abril. “Cheguei umas 7h30, e fiquei esperando. Outras amigas que chegaram logo depois não conseguiram”, conta. Ana se diz ansiosa para a apresentação, que acontecerá justamente no dia em que ela o marido festejam 25 anos de casados. “Bethânia sempre embalou nossa vida. Nada mais feliz do que comemorar essa data num show dela”, diz a advogada. 

Nas redes sociais, a procura por um ingresso para o show de hoje é grande. Em grupos de fãs de Maria Bethânia, há quem ainda torça por alguma desistência. O publicitário potiguar Saulo Vasconcelos foi um dos que conseguiram comprar um bilhete assim. “Achei no Facebook. Um amigo recifense viu outro rapaz oferecer um ingresso e me avisou. Comprei por R$ 150, meia-entrada (originalmente, o bilhete custou R$ 100, inteira, e R$ 50, meia)”, conta Saulo. Para ele, o valor “vale a pena”. “Comparado aos de outros artistas da MPB, esse é um show barato e acessível.”

 

Veja o repertório do show:

 

Ato 1

1. Eterno em mim (Caetano Veloso, 1996)

2. Dona do dom (Chico César, 2001)

*  Texto de autoria de Maria Bethânia

3. Gita (Raul Seixas e Paulo Coelho, 1974)

4. A tua presença morena (Caetano Veloso, 1971)

5. Nossos momentos (Caetano Veloso, 1982)

* Texto de autoria de Clarice Lispector

6. Começaria tudo outra vez (Gonzaguinha, 1976)

7. Gostoso demais (Dominguinhos e Nando Cordel, 1986)

8. Bela mocidade (Donato Alves e Francisco Naiva, 1997)

9. Alegria (Arnaldo Antunes, 1995)

10. Voz de mágoa (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2015)

11. Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959)

12. Você não sabe (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1983)

13. Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973)

14. Meu amor é marinheiro (Alan Oulman sobre versos de Manuel Alegre, 1974)

15. Todos os lugares (Sueli Costa e Tite de Lemos, 1996)

*   Texto Depois de uma tarde..., de Clarice Lispector (1920 - 1977)

16. Rosa dos ventos (Chico Buarque, 1971)

 

Interlúdio

17. Até o fim (Chico Buarque, 1978) /

18. O quereres (Caetano Veloso, 1984) /

19. Qui nem jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950) /

20. Pisa na fulô (João do Vale, Silveira Júnior e Ernesto Pires, 1957) - Instrumental banda

 

Ato 2

21. Tudo de novo (Caetano Veloso, 1978)

22. Doce (Roque Ferreira, 2008)

23. Oração de Mãe Menininha (Dorival Caymmi, 1972)

24. Eu e água (Caetano Veloso, 1988)

25. Agradecer e abraçar (Gerônimo e Vevé Calazans, 1999)

26. Vento de lá e Imbelezô eu (Roque Ferreira, 2007) 

27. Folia de Reis (Roque Ferreira, 2014)

28. Mãe Maria (Custódio Mesquita e David Nasser, 1943)

*    Texto Câmara de ecos, de Waly Salomão (1943 - 2003)

29. Eu, a viola e Deus (Rolando Boldrin, 1979)

30. Criação (Chico Lobo, 1996)

31. Casa de caboclo (Roque Ferreira e Paulo Dafilin, 2014)

*     Texto Candeeiro, de Carmen L. Oliveira

32. Alguma voz (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2014)

*    Maracanandé (canto tupi) - na voz em off de Márcia Siqueira

35. Xavante (Chico César, 2014)

36. Povos do Brasil (Leandro Fregonesi, 2014)

37. Motriz (Caetano Veloso, 1983)

*    Texto Prece, de Clarice Lispector (1920 - 1977)

38. Viver na fazenda (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2015)

39. Eu te desejo amor (Que reste-t-il de nos amours?) (Charles Trenet e Léo Chauliac, 1942, em versão de Nelson Motta, 2015)

* Texto Sou eu mesmo o trocado, de Fernando Pessoa (1888 - 1935)

40. Non, je ne regrette rien (Charles Dumont e Michael Vaucaire, 1956)

41. Silêncio (Flávia Wenceslau, 2015)

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