Luau

O recreio pop de Nando Reis agita o Arcádia Apipucos

O ruivo promete um show recheado de sucessos nesta sexta-feira

Robson Gomes
Cadastrado por
Robson Gomes
Publicado em 15/07/2016 às 10:40
Foto: Divulgação
O ruivo promete um show recheado de sucessos nesta sexta-feira - FOTO: Foto: Divulgação
Leitura:

Por onde Nando Reis tem andado, seu público fiel sabe bem. Em 22 anos de carreira solo após passagem pelo Titãs, o ruivo mais querido do pop-rock nacional tem seu espaço consolidado na música brasileira. E nesta sexta-feira (15), ele vem comemorar essa trajetória de sucessos no Arcádia Apipucos, no Recife.

O Jornal do Commercio teve a oportunidade de conversar com o cantor, que tenta fazer um balanço de pouco mais de duas décadas de seu trabalho como solista: “Gosto do que fiz, e gosto mais ainda do que ando fazendo. Tenho predileção especial pelos discos de estúdio, cada um deles tem uma marca, reflete um momento de minha vida. Erros e acertos em todos. Não me incomodo com erros, pois são os erros que levam aos futuros acertos”, filosofa Nando, que traz o show do disco Voz e Violão – Ao Vivo no Recreio – Volume 1 (DeckDisc, 2015).

A relação de Reis com o Recife é de longa data. Ao ser indagado sobre um momento especial na capital pernambucana, o artista recorda: “Foi um show que fiz em 2007, cantando Por Onde Andei, improvisando, acabei por fazer o refrão de Conta: ‘Uma criança sou, uma criança sou, uma criança sou...’ Chovia a cântaros. Quem estava lá deve se lembrar”, disse ele. A música ficou pronta no disco Drês, de 2009.

Não faz muito tempo que Nando Reis está voltando a tocar por aqui. No fim de abril, ele esteve no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, com a turnê especial Nivea Viva Rock Brasil, junto com Paula Toller, Paralamas do Sucesso e Marjorie Estiano, que acabou substituindo a baiana Pitty, em virtude de sua primeira gravidez: “Foi um show delicioso. Pena que acabou. E a Pitty é uma artista soberba. Tem uma marca própria, insubstituível, claro que fez falta. Com ela seria uma coisa. Mas Marjorie teve um desempenho magnífico. Não há como comparar. E as duas são grandes cantoras”, defendeu o músico.

Mais que um intérprete de voz inconfundível, Nando Reis é um compositor singular. E se pudesse definir toda a sua carreira em uma música, ele escolheria Pré Sal, do álbum Sei, de 2012. O cantor explica o porquê com breves palavras: “longa [possui 7 minutos], melódica, misteriosa, autobiográfica, poderosa e única”, resumiu.

Ao indagarmos qual canção de outro artista ele gostaria de ter composto, ele mencionou Undiú, do baiano João Gilberto: “Porque é de uma beleza comovente”, justificou.

Com tantas músicas suas gravadas nas vozes de Marisa Monte, Samuel Rosa e Tony Garrido, recentemente foi a vez de Sandy regravar All Star no seu mais novo disco, Meu Canto. A releitura da canção, conhecida por ser dedicada à Cássia Eller, não incomodou nem um pouco o cantor: “Essa música não foi escrita ‘para’ Cássia, mas sobre minha relação ‘com’ a Cássia. Mas é uma canção de amor como outra qualquer, que pode ser cantada por quem quiser, como todas as que faço. A Sandy é uma grande artista, amei a sua versão e o fato dela ter cantado sem se importar com essa bobagem de acharem que a música ‘é da’ Cássia”, declarou.

Para quem vai apreciar o rico repertório de Nando Reis hoje à noite, a dica é apreciar a sua musicalidade natural, pois se tem uma coisa que ele nunca faria nesse meio é “música em computador. Pois gosto de tocar com gente”, encerrou.

Últimas notícias