Jorge Ben Jor é um objeto não identificado que pousou na música popular brasileira há 55 anos. Ele passou pela bossa nova, pela jovem guarda e pelo tropicalismo. Nos anos 80 foi esnobado pelo BRock, para ser saudado como influência de boa parte da geração dos anos 90. Ele entrou e saiu bem de todas, e hoje é homenageado no projeto Nivea Viva, dividindo o palco com duas gerações da MPB. Veja o que ele diz, em curta entrevista ao Jornal do Commercio
JC - você já havia dividido palco com Skank ou Céu alguma vez?
BEN JOR - Com o Skank sim, com a Céu está sendo a primeira vez.
JC - Você ensaiou com eles depois, ou apenas com sua Banda. Aliás, a esta altura, você ainda ensaia?
BEN JOR - Nós tivemos dois grandes ensaios e em todo show nós passamos o som juntos antes. JC Você participou de todas as gerações e movimentos da música popular brasileira, inclusive com o pessoal do manguebeat, como é conviver com tantas estéticas diferentes?
DISCO
BEN JOR O passeio por diferentes estilos musicais, movimentos, faz parte da minha característica. Eu gosto desse processo e tive a honra de conviver também com estes artistas e agregar alguma coisa.
JC - Você canta em Mas que Nada, "este samba que é misto de maracatu". Este maracatu veio de algum músico pernambucano na vizinhança?
BEN JOR - Eu gosto e pesquiso sobre vários ritmos. Minha música é baseada na mistura. Isso é minha essência.
JC - Seu último disco é de 2007, quando teremos um novo álbum de inéditas?
BEN JOR - Não sei. Estou sempre compondo. Novidades virão por aí.