RAP

Rappers mostram força da rima pernambucana no FIG 2017

Noite do domingo (23) será um momento especial para veteranos da cena rap pernambucana

NATHÁLIA PEREIRA
Cadastrado por
NATHÁLIA PEREIRA
Publicado em 22/07/2017 às 16:50
Fotos: Filipe Jordão/JC Imagem/Divulgação
Noite do domingo (23) será um momento especial para veteranos da cena rap pernambucana - FOTO: Fotos: Filipe Jordão/JC Imagem/Divulgação
Leitura:

Encerramento do primeiro fim de semana do Festival de Inverno de Garanhuns, o FIG 2017, a noite do domingo (23) será um momento especial para veteranos da cena rap pernambucana. O grupo Donas e o rapper Zé Brown vão ao Agreste cheios de novidades, incluindo prévias dos álbuns que lançarão em breve. Os artistas falaram ao JC sobre a expectativa de tocar no principal palco da festa, o Mestre Dominguinhos, e o que o público pode esperar antes do carioca Zeca Pagodinho assumir a festa.

“O show tá impecável, tá maravilhoso”, anuncia Mariana Oliveira, a MJ, integrante do Donas e pioneira no rap feito por mulheres no Estado. Estreando nova formação, o antes trio agora é um quinteto, contando, além de MJ e Fabiana Rossini, com reforço da MC Aline Bilar. Nos beats, a experiência dos DJs Dagga e Tiger, ex-Faces do Subúrbio. Com três mulheres juntas, as letras focadas na demanda da libertação dos corpos e vidas femininos está ainda mais evidente. O que muda, adianta Mariana, é a experimentação em relação ao ritmos.

“Brinquei que o nome dessa apresentação poderia ser ‘roupa nova’”, conta. “Protesto, empoderamento, autoestima, autonomia, tudo isso continua. A gente tá fazendo algo bem dançante, com baião, soul, funk”. Nessa mistura, feita pretensiosamente para agradar ao público, caberá até uma homenagem ao Rei do Brega, Reginaldo Rossi. Partem, então, da fusão de gêneros como caminho para a propagação da ideia. “Esse é um momento muito especial. Quando bater o som naquelas caixas do palco Dominguinhos vai ter pra ninguém”, assegura ela.

Espécie de aquecimento para o lançamento de Vivona, primeiro álbum após o hiato de dez anos na carreira, o show terá contribuição de outras linguagens, a exemplo das intervenções da poetisa Luna Vitrolira e da malabarista Yasmim Amaral. Antes, o grupo participa da mesa de diálogos Conexão H2: Rio-Pernambuco, junto a rapper carioca Anmah, a respeito do rap feito aqui e no Rio. Dentre os subtemas a serem abordados, destaque para os relativos às mulheres e suas organizações no movimento hip hop, além de outros como violência e negritude.

ZÉ BROWN

Quem sobe ao palco logo após o Donas e também munido de novidades é Zé Brown. Ele prepara o segundo disco solo, Poesias do Povo, e promete uma noite de mescla entre passado e futuro. “Vou apresentar músicas do Poesias..., como Teatro de Deus, Quem Tem Coragem, Não Maltrate, Sobrevivência e Caco de Vidro”, contou. Também entram na setlist algumas das gravadas no primeiro, Repente Rap Repente, e dois covers mantidos em segredo. “Vou chegar com banda pesada”, avisa o também ex-rapper do Faces do Subúrbio.

Últimas notícias