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Fernando Anitelli faz um sarau mágico no Teatro Boa Vista

Vocalista e idealizador do grupo O Teatro Mágico apresenta versões voz e violão para clássicos e até inéditas

NATHÁLIA PEREIRA
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NATHÁLIA PEREIRA
Publicado em 24/08/2017 às 8:00
Foto: Leo Motta/JC Imagem
Vocalista e idealizador do grupo O Teatro Mágico apresenta versões voz e violão para clássicos e até inéditas - FOTO: Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Ano passado, um financiamento coletivo encabeçado pela banda paulista O Teatro Mágico se tornou recorde brasileiro de arrecadação na plataforma Catarse, conseguido quase 300% a mais que a meta. O intuito era custear projetos surgidos a partir de pedidos dos fãs, um deles, shows em formato de sarau, aos moldes das manifestações que deram origem à trupe, em meados de 2003. O período convergiu com o final da turnê de Allehop (2016), quinto álbum de inéditas, e com o desejo de caminhar por algo diferente.

“Todo mundo pirou com essa possibilidade de troca, poder cantar junto. E eu queria descansar, sair um pouco das redes sociais e voltar fazendo apresentações em voz e violão”, contou Fernando Anitelli, vocalista e idealizador do grupo, em entrevista à TV JC. É esse o espírito do show que ele apresenta hoje à noite, no Teatro Boa Vista, em formato solo.

Maquiagens e performances darão lugar a conversas, histórias, referências e causos de bastidores, fazendo cama para que ele relembre hits como O Anjo Mais Velho, Pena e Camarada D’Água. Algumas lado b, faixas integrantes do disco As Claves da Gaveta (do projeto Fernando Anitelli Trio) e canções ainda não gravadas também compõem a setlist.

Apesar de apostar no clássico, Fernando garante dominar um show com pressão e energia, o que deve agradar aos já saudosos dos espetáculos que chegaram a reunir mais de dez artistas, entre músicos, bailarinos e circenses, em palcos como o do Clube Português do Recife – com plateia sempre lotada e vestida à caráter, vale ressaltar.

“As vezes (o voz e violão) é até mais visceral porque é olho no olho E muitas vezes o ápice da apresentação são as pessoas que vão lá, interagem, leem uma poesia”, defende.

Fenômeno da interação entre banda e público e militante pela música livre, Fernando Anitelli e seu Teatro Mágico construíram carreira pautada no contato sem atravessadores, o que garantiu fã-clube fiel, parcerias com nomes como Leoni, fora mais de dois milhões de cópias vendidas. Menos de um ano com o frontman viajando na nova empreitada, o grupo permanece dentro da pausa anunciada nas redes sociais em dezembro, sem notícia de retorno. Mas o líder garante que a essência continua ali.

“O que me dá mais tesão é o palco, sem dúvida. O gostoso desse encontro é quando as pessoas falam: ‘cara, determinada música transformou minha vida, eu passei a ver as coisas com outro olhar’. Eu faço uma música, jogo no ar e não sei o que vai acontecer. Quando encontro uma pessoa que conta que essa música a fez uma pessoa melhor, é a maior alegria do mundo”, explica.

O projeto intimista teria, a princípio, apenas dez apresentações, que se transformaram em 20, ganhando, inclusive, três passagens pela Europa. Na agenda, estão pelos menos mais 18 por terras nacionais.  Pela boa recepção, até a gravação de um DVD como registro da fase está entre os planos. “Quem já conhece vai se surpreender com as revelações. Quem não, é tudo surpresa, então sejam bem-vindos”, se diverte.

ASSISTA À ENTREVISTA PARA A TV JC:

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