Em entrevista ao JC, em virtude do show de lançamento do álbum Jardim–Pomar no Recife, Nando Reis comentou que “uma coisa muito presente tanto no disco como em toda minha carreira é um pensamento, quase uma dissertação sobre a finitude, a passagem do tempo, a nossa própria vida e a forma como vivemos”. Nove meses depois, o paulistano volta a Pernambuco e afirma que este início de ano é também momento para pensar especialmente a passagem de tempo.
“Esse tipo de reflexão faz parte da minha vida e por isso se faz tão presente nas músicas desse disco. Na hora de compor eu olho para tudo o que me cerca”, detalha ele, atração principal do festival Maraca Storm, que acontece hoje, na praia de Maracaípe.
“Eu sempre falei sobre a vida”, continua Nando. “E a vida é a passagem do tempo. Acho que agora, aos 53 anos, me dei conta de que já ultrapassei a marca da metade do tempo que vou viver. É natural. E eu quero viver bem”.
Os anos de experiência pessoal e artística têm trazido novas descobertas ao músico. Recentemente, as interações com os fãs, através das redes sociais, chamaram atenção e viraram notícia pelo tom espontâneo de suas respostas, que incluíram revelações sobre o tom de azul do famoso all star de Cássia Eller e até esclarecimentos sobre uma questão de prova de um concurso.
“Esse contato me agrada muito”, conta. “Me causou surpresa a repercussão pelo fato de descobrirem que eu mesmo respondi às pessoas. Claro que tenho uma equipe que me ajuda, principalmente quando estou na estrada, mas sempre que posso leio tudo o que escrevem. Estar em contato com os fãs é importante para todo artista”, opina.
Ainda com relação a internet e sua amizade com a cantora Cássia Eller, ele acredita que “eterna” curiosidade dos fãs a respeito da proximidade dos dois se dá pelo carinho que deixa transparecer. “Sempre falei sobre minha admiração por ela, pela profissional e pela pessoa que era a Cássia e isso sempre desperta interesse nas pessoas”, diz.
TRINCA DE ASES
Ao longo de 2017, Nando circulou o País, com passagem pelo Recife, ao lado de Gal Costa e Gilberto Gil com o projeto Trinca de Ases. Nele, interpretam canções próprias, além de versões para clássicos de grandes a exemplo de Luiz Melodia, relembrado com Pérola Negra.
“Foi uma honra dividir o palco com eles. Em breve teremos mais novidades”, adianta Nando. O show deve ganhar novas edições em 2018, segundo ele, que, no entanto, não adianta muito dos planos para o ano. “Só posso dizer que vem novidade por aí”, encerra.
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