Sabe aqueles caras do Recife que se juntaram em jam sessions em meados de 2007, lançaram um EP em 2008, e logo após lançarem um ótimo álbum em 2010 ganharam os palcos dos principais festivais do Brasil com um show energizante? Após um hiato de oito anos, A Banda de Joseph Tourton volta para lançar o segundo álbum em nova fase com um trabalho mais amadurecido. O disco estreou nesta quinta-feira (31) nas principais plataformas de streaming.
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Com uma pegada ainda mais experimental que o anterior, o novo álbum tem uma sonoridade mais elaborada, com uma forte presença de metais, dialogando com o jazz, a psicodelia e o rock. Assim como no primeiro trabalho de estúdio, existe um tom contemplativo em algumas canções, com o emprego de instrumentos como a flauta transversal e a escaleta, mas logo guitarras distorcidas, efeitos eletrônicos, e uma sessão rítmica pulsante tomam de assalto a atenção do ouvinte, para rapidamente voltar a um clima relaxante.
Carregando o mesmo nome da banda, o disco apresenta nove faixas autorais, que começaram a ser gravadas em 2012, foram finalizadas no ano de 2017, e se apresentam ao mundo em 2018 nas principais plataformas digitais como Spotify, Deezer, YouTube, e outros. A bolacha digital foi produzida em diferentes ocasiões: há faixas gravadas e produzidas no Estúdio Base, no Recife, por Arthur Soares e Vinicius Lezo, no Rio de Janeiro, por Bruno Giorgi, e no estúdio Das Caverna (PE) por Diogo Guedes, além do material remanescente do retiro que a banda fez numa granja para o processo de pré-produção.
O trabalho foi mixado por Diogo Guedes e masterizado por Bruno Giorgi, e conta com as participações de Chiquinho (Mombojó), Haley (ex-membro da paraibana Burro Morto), Caio Lima (Rua) e do violoncelista italiano Federico Puppi. Em 2016, os multi instrumentistas apresentaram um pouco do que estava por vir quando lançaram o single TBC e é chegada a hora de apresentar esse trabalho por inteiro.
"Esse é um disco livre, onde tivemos a liberdade de compor sem saber muito bem aonde íamos chegar, começamos com várias jams, riffs experimentais, e com o tempo chegamos ao resultado final, com uma sonoridade mais elaborada e uma forte presença dos metais, que têm os arranjos assinados por Parrô Melo. No resultado final também ficou bastante material da pré-produção”, explicou Rafael Gadelha, baixista do grupo.
Ouça o disco abaixo:
Sobre A Banda de Joseph Tourton
O grupo recifense deu a partida em 2007, fazendo prolongadas jam sessions na casa do guitarrista Gabriel Izidoro, que ficava na Rua Joseph Tourton, no bairro da Tamarineira, no Recife. Como a ausência de um vocal nunca fez falta nos encontros, a banda foi organicamente se estabelecendo como instrumental. Eles se firmaram em: Diogo Guedes (guitarra, teclado e efeitos), Gabriel Izidoro (guitarra, teclado, flauta e escaleta), Pedro Bandeira (bateria e efeitos) e Rafael Gadelha (baixo).
A banda se apresentou em dezenas de cidades brasileiras de diversos estados e passaram por palcos renomados, como Virada Cultural (SP), Recbeat (PE), Conexão Vivo (Recife e BH), Jambolada (MG), SESC Instrumental (SP), Mostra Instrumental Contemporânea (RJ), Festival Mundo (PB), DoSol (RN), e Coquetel Molotov (PE e BA). Dividiram palcos com Lúcio Maia, Guizado, Vítor Araújo, e abriram shows para Dinosaur Jr (EUA), Kevin Johansen (ARG) e Cidadão Instigado (CE). Com a turnê do primeiro trabalho, o grupo foi indicado a Aposta MTV Categoria Instrumental em 2010, e o álbum, aclamado pela crítica especializada como Billboard, Rolling Stone, Folha de São Paulo e Estadão.