Cangas, tapetes, almofadas e cadeiras retráteis ocuparam o Parque Santana, na Zona Norte do Recife, para participar do 4º Festival BB Seguros de Jazz e Blues no Recife. O evento teve início às 14h30 com promessa de música boa até a noite, mas parte do público esperou o sol sair para chegar de vez e colorir o ambiente.
Tem espaço para todo mundo: famílias, crianças, idosos, casais e amigos. Espaço, inclusive, para quem abraçou o evento há três anos e faz questão de marcar presença, como o grupo de amigas composto por Juliana Ribeiro, de 39 anos, Renata Jatobá, 44, Cinthia Montarroyos, 36, Michele Moraes, 38, Rejane Stresser, 39, Ildina Lima, 38, e Ana Paula, 44. Desde que se reuniram pela primeira vez no evento, marcaram com ponto de encontro anual e já consideram como tradição do grupo. “Trouxemos velas, flores, espumante, tábua de frios e chegamos bem cedo para sentar perto da mesma árvore e ficar até o fim das apresentações”, conta Renata sobre a organização.
Outro ponto que une as amigas é o fato de terem morado fora do País. Para elas, o festival se assemelha ao ambiente europeu. “Recife é riquíssimo em cultura, mas esse é um espaço público bem aproveitado, com música de qualidade e que mata nossa saudade quando procuramos uma alternativa musical em um espaço público”, defende.
Quem procurou uma atmosfera familiar na noite deste sábado (17) também encontrou. Isso porque uma praça de alimentação foi montada no parque com diferentes tipos de serviço, banheiros químicos instalados em quantidade suficiente para que não houvesse fila, além das atividades para crianças de todas as idades.
Foi o que motivou a esteticista Gabrielle Burgo, 32, a levar a filha Alana Burgo, de 7, pela primeira vez. Ela e o namorado, Demetrius Brito, 40, estiveram na edição anterior e consideraram o ambiente favorável para voltarem juntos. “Temos todo tipo de suporte, brincadeiras para a Alana, segurança e conforto para ficar até aguentarmos. Queremos aproveitar o show de Pepeu Gomes, mas é a última apresentação, vamos tentar”, contou a esteticista na expectativa.
Para quem tem mais idade, as cadeiras retráteis foram peças fundamentais. Com a duração mais prolongada do evento, o engenheiro Jano Gomes Teixeira, 74, e a esposa Ana Lúcia, 66, encontraram um cantinho para aproveitar o som. “Conheci o jazz muito cedo. Meu pai, Flavio Almeida, tocava muito, mas era um jazz antigo. Hoje em dia a música está mais desenvolvida”, relembra Ana. Jano é roqueiro assumido, mas definiu o festival como “magnífico”. “Uma contribuição, a forma de devolver um momento cultural para os recifenses”, afirmou o engenheiro na expectativa da próxima edição.