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André Mussalém num disco que reflete os dias de hoje

Cantor lança segundo disco com show aberto ao público

JC Online
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Publicado em 29/11/2018 às 11:46
Foto: Josivan Rodrigues/Divulgação
Cantor lança segundo disco com show aberto ao público - FOTO: Foto: Josivan Rodrigues/Divulgação
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“É um disco político, mas não de protesto, se baseia nas canções mais engajadas politicamente da década de 60 e 70. Bebe sobretudo de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gonzaguinha, Pablo Milanés. Tem referências implícitas mas bem claras. Por exemplo, ele abre com um soneto de Gregório Matos que musiquei sobre o Recife usando a mesma técnica que Caetano fez com Triste Bahia, em Transa”. Entre as aspas, a síntese que o cantor e compositor André Mussalém faz de Pólis, disco que lança hoje, no Teatro Eva Hertz, no Shopping RioMar, às 20h30, com entrada franca.

Um disco de canções engajadas, mesmo quando se inclinam ao bom humor, caso de Caetano Estaciona no Leblon, uma alfinetada na imprensa e na banalidade que virou notícia nacional. Ao mesmo tempo, Mussalém presta homenagem à vereadora carioca Mariele Franco, com citação a Gota D’Água de Chico Buarque. Em Retrato 3x4 se inspirou no impeachment de Dilma Rousseff.

Outro homenageado em Pólis é o músico cubano Pablo Milanês, na faixa Cubana. Embora componha há muitos anos, Andre Mussalém chega agora ao segundo disco. Em 2016, lançou o álbum de estreia, o elogiado No Morro da Minha Cabeça. Como compositor se pauta pela MPB. Ao longo dos anos, ele acumulou um baú de composições, porém, as deste disco foram escritas especificamente para ele, são recentes, pelo conceito do trabalho, que é inspirado por acontecimento também recentes:
“Pólis é um disco que fala sobre o espaço político, o que liga as músicas é justamente essa inquietação com o político, com o que nos une e desune como nação”, redefine o álbum, que traz a feminista Deixa a Menina em Paz, que remete a Deixe a Menina, de Chico Buarque (1980). Aliás o álbum é recheado de citações, e homenagens, e basicamente um disco de sambas.

BANDA

Mussalém gravou Pólis no estúdio Fábrica, com alguns dos músicos mais requisitados do Recife, João Paulo Albertim (cavaquinho), César Michiles (flauta), Pablo Lopes (bateria), e tem canja de Almério (em Maré). No show de hoje ele estará acompanhado por Rafael Marques (bandolim)Caca Barreto (baixo), Rubem França (violão), Johnanthan Malaquias (acordeom) e Yacauã (bateria). (

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