Lançado em 1994, ainda pela EMI, o sétimo disco d'Os Paralamas do Sucesso, intitulado Severino, completou 25 anos de lançamento em 2019 e acaba de ganhar uma reedição em vinil. O álbum está a venda no site da Universal Music Store.
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De acordo com o crítico musical Julio Cesar Biar, o paraibano de nascença Herbert Vianna mirou a saga do retirante nordestino escrita pelo poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto para mostrar que muito pouco, ou quase nada, havia mudado desde o lançamento do poema Morte e Vida Severina, em 1955. Herbert e seus parceiros, Bi Ribeiro e João Barone, ousaram na produção musical, apresentando um trabalho sofisticado que, por abrir mão de melodias e refrões mais palatáveis, não foi bem recebido por parte da crítica e do público.
A estranheza começava pela capa de Severino, que reproduzia um manto bordado pelo artista plástico Arthur Bispo do Rosário, representando um homem cercado por nomes de órgãos e partes constituintes do corpo humano e, abaixo, a frase “Eu preciso destas palavras escrita”. Interno da antiga Colônia Juliano Moreira, onde viveu por mais de 50 anos, o sergipano Bispo do Rosário também era um retirante, um “severino”.
Gravado na Inglaterra, com produção de Phil Manzanera, ex-guitarrista da banda Roxy Music, ainda segundo Biar, Severino significou uma virada estética ainda mais radical que a de Selvagem?, disco de 1986 da banda, ao avançar na trilha do experimentalismo e da crítica social.
Com 11 faixas, Severino no vinil virá com 6 músicas no Lado A e cinco no Lado B. Todas as faixas foram assinadas ou escritas em conjunto por Herbert Vianna, com exceção de Músico, uma canção composta por Tom Zé.