“O show deve continuar”: A frase eternizada em inglês na voz de Freddie Mercury, da banda Queen, também está tatuada no pulso da cantora Catarina Rosa. Aos 34 anos, ela foi a única pernambucana a avançar na oitava temporada do The Voice Brasil, da TV Globo, onde ficou até a terceira etapa da competição, a Rodada de Fogo, no time de Ivete Sangalo.
Com o rock pulsando em suas veias, Catarina conta que sua afinidade com a música veio desde cedo. “Comecei estudando música no Conservatório por conta de uma banda da qual eu era muito fã. A cantora do grupo tinha um vocal lírico numa banda de metal. Mas minhas cantorias aparecem desde pequena, acho que já nasci cantando. Minha mãe participava de corais, também gostava de cantar, era uma multiartista. Ela me levava para alguns eventos, ensaios. E meu pai, Zé Rosa, é guitarrista. Então minha infância foi muito rica, musicalmente falando. Acho que tudo foi muito natural”, relata.
Oito anos depois de entrar no Conservatório, aos 17, Catarina adquiriu uma formação erudita, mas sempre com o sonho de unir o canto lírico ao metal. Apostando na carreira musical, ela já participou de vários projetos: desde bandas de rock clássico como Waitress e RosaTrio; com The Duo (Voz e Violão) executou clássicos do PopRock; na Eta Carinae fez turnês internacionais; além de passagens pelos grupos Líberi Cia Artística, Garçons Cantores do Recife e ainda levou sua voz para musicais, casamentos e outros eventos.
“Eu vivo de música há 17 anos. Mesmo com todas as dificuldades, é muito gratificante, porque faço o que amo. Pago minhas contas, tenho minha casa e sustento minha filha por causa da música. É uma correria, mas não tenho muito o que reclamar”, declara.
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TIME IVETE
A relação dela com o The Voice Brasil tinha começado desde a primeira temporada. Ela se inscreveu por três anos consecutivos. Sem sucesso, voltou a tentar na oitava temporada, se sentindo mais pronta. E deu certo. Nas Audições às Cegas, cantou a música que move a sua vida: The Show Must Go On, do Queen.
“Meus sentimentos naquele dia foram de muita força, porque as vagas já estavam acabando. Eu só queria subir no palco e fazer a parada acontecer. E aconteceu. Na primeira frase, eu estava de olhos fechados quando o público vibrou com a virada de cadeira. Eu vi Ivete e foi demais! Foi quando botei a voz para fora de vez, já foi uma vitória a partir dali”, relembra Catarina, que além de virar a cadeira da baiana, conquistou o voto de Iza.
A cantora pernambucana conta que aprendeu muito no curto período que fez parte do Time Ivete, que ela também admira bastante: “Na hora da voz, ela deu muitos toques sobre a respiração, como interpretar cada canção, focar na letra, enfim. Ela é muito generosa e muito ligada. Nós percebíamos que ela não estava ali só por causa do programa, ela queria ajudar mesmo”.
Após as Batalhas, veio a Rodada de Fogo, onde a recifense interpretou Pro Dia Nascer Feliz, de Cazuza, mas não conseguiu seguir adiante. Entretanto, sua participação no reality musical da Globo ficou marcada como um grande impulso para dar prosseguimento à sua carreira.
Com um disco solo na bagagem, gravado em 2015, intitulado Seeing Again, Catarina Rosa agora pensa adiante. “Espero ser uma grande artista. Quero conseguir fazer meu trabalho autoral, pôr na praça, fazer um lançamento digno, como eu mereço! (risos) Ver uma música minha numa novela, enfim. Tenho muitos sonhos ainda a realizar e tenho certeza que vou conseguir”, conclui a jovem.
