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Nando Cordel cantando e contando histórias

Cantor estreia show neste sábado no Teatro RioMar

José Teles
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José Teles
Publicado em 25/10/2019 às 10:15
Foto: Leonardo Martins/Divulgação
Cantor estreia show neste sábado no Teatro RioMar - FOTO: Foto: Leonardo Martins/Divulgação
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Nando Cordel é autor de pelo menos três mil músicas. Um criador compulsivo. Entre esta caudalosa produção há sucessos feito De Volta ao Aconchego e Isto Aqui Tá Muito Bom, ambas com Dominguinhos, com quem calcula ter feito mais de uma centena de composições. Foi seu principal parceiro. Mas a maioria da canções foi solo.

Embora confesse ser menos cantor e mais compositor, Nando Cordel gravou muito e faz shows constantemente país afora. Onde menos se apresenta é em Pernambuco. Ele compensa a lacuna neste sábado, com o show Nando Cordel ao Vivo, no Teatro RioMar, com participações dos filhos Felicidade, Tauã e Caiã Cordel.

Artesão da música, é daqueles que produz conforme o perfil do intérprete, que tanto pode ser Elba Ramalho, Maria Bethânia, Fafá de Belém, Chico Buarque, ou Xuxa Meneghel. “Faço tanto show fora de Pernambuco que tenho que apresentar pelo menos um aqui, e diferente. Além das músicas que foram sucesso, as que não chegaram a ser. Vou me apresentar com a banda, mas num momento chego com o violão e conto histórias.

Coisas que me acontecem nessas viagens, ou mesmo da minha vida”, diz Nando Cordel. Ele cresceu numa casa, com o pai, a mãe e 14 irmãos. O pai o queria engenheiro, a mãe, que fosse médico. Ele estudou comunicação social: “No dia da formatura, deram aquela festa, a gente morava no interior (em Ipojuca). Num dado momento, meu pai e minha mãe pediram que eu explicasse o que era comunicação social. Respondi que era uma mistura de medicina e engenharia”.

Outra boa história que ele deve contar no show vem de um de seus maiores sucessos, a citada Isto Aqui Tá Muito Bom: “Dominguinhos solfejou um trecho, e foi apanhar sanfona, eu estava na casa dele. Quando ele saiu, eu botei uma letra no trecho que ele solfejou. Quando ele escutou me disse que o que o que tinha mostrado era só a introdução”.

HISTÓRIAS

O repertório, música e histórias podem mudar, de acordo com o público, algo que aprendeu em mais de 30 anos de carreira: “Canto músicas consagradas, mas posso, de repente, tocar um mantra, temas que fiz para outros projetos. Cantei em barzinho, e aí a gente aprende muito. Você está ali, cantando, aí chega um cara e quer cantar com você, quer pedir uma música”. Entre suas músicas que foram sucesso, e que ele só inclui quando muito solicitadas, estão as canções infantis que fez para a apresentadora Xuxa, feito Hoje é Dia de Folia ou Luz no Meu Caminho (A Terra).

Nando Cordel diz que antes de enviar música para intérpretes, ou gravá-las, faz um teste com elas: “Primeiro mostro à família, a mulher e sete filhos. Eles opinam, mas nem sempre acertam. Tem umas que não recebem boa aceitação, mas acabam virando sucesso. Foi assim com Minha Doce Estrela, que cantei com Fagner. Não fazia fé nessa música, até porque não tem uma harmonia muito fácil, mas Fagner entregou para o maestro Jota Moraes. O trabalho dele foi fundamental para que se tornasse um sucesso”, conta Nando. Entre as centenas de composições, ele tem favoritas, pouco lembradas: “Gosto muito de Terra e Céu, do meu disco de 82. Só uma pessoa, gravou, além de mim, Paulinho Leite”.

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