Carnaval 2020

Bia Villa-Chan reinterpreta Levino Ferreira ao bandolim

Compositor comenta sobre o frevo e o passo em entrevista de 1941 ao JC

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 14/02/2020 às 9:21
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“Levino falou sobre o frevo como um verdadeiro técnico neste assunto. Supõe que essa espécie de música e coreografia seja muito antiga, e diz que a conheceu há mais de 30 anos. A seu ver o frevo tem sofrido modificações, principalmente na introdução. Antigamente ele era mais suave, daí a suposição de que o passo nasceu primeiro, porque a música foi se adaptando à dança, que é mais dinâmica. Tornando-se mais eletrizante (...) estabelece então a diferença entre a marcha carioca e o frevo. A marcha carioca s aproxima mais da marcha militar, ficando o tambor surdo sempre no primeiro tempo, ao passo que no frevo, o também ficar no tempo fraco ou no superior, dando à música aquela movimentação entontecedora.

CRÍTICA

Levino critica a intromissão de uma sexta maior no acorde perfeito que usam no final dos frevos, o que resulta na influência do fox (...) o frevo só pode ser bem executados com o tambor e tarol, especialidade da música Pernambucana”, trechos de uma entrevista do maestro Levino Ferreira ( (Bom Jardim, 2 de dezembro de 1890 – Recife, 9 de janeiro de 1970), no Jornal do Commercio, em 8 de fevereiro de 1941. Levino Ferreira é autor do que é considerado o mais belo frevo de rua, Último Dia. 

Ilustrando-a um clipe da bandolinista Bia Villa-Chan executando Lágrimas de Folião, gravado no Estúdio Fábrica:

 

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