LITERATURA

Um adeus em simples prosa

Paul Handing ganhou com o seu romance de estreia o Prêmio Pulitzer de 2010

Dora Amorim
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Dora Amorim
Publicado em 25/05/2011 às 6:00
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A restauração das horas é um interessante retrato ficional sobre o fim da vida. Melhor, sobre o que se passa pela cabeças das pessoas quando o momento final já fora anunciado. "George Washington Crosby começou a alucinar oito dias antes de morrer. Do leito de hospital alugado, colocado no meio de sua sala de jantar, via insetos entrando e saindo de rachaduras imaginárias no teto de gesso”. O George da obra de Paul, é um relojoeiro que vê o seu tempo desprender-se do relógio e se permite viajar para outras épocas.

Extremamente confusas as suas memórias são, ao mesmo tempo, sedutoras para os leitores. Quem nunca se perguntou o que passa pela mente minutos antes da morte? Como um homem pode se resignar no momento em que sabe que vai morrer? O escritor Paul Handing tentou responder essas perguntas através de George e de suas fantasias e lembranças.

É curioso com alguns momentos são mais nítidos e coerentes para George, agora, que ele está à beira da morte. Deitado em uma cama de hospital, ele tem a seriedade necessária para entender a apatia da mãe, os mistérios do pai, o desinteresse do seu neto adolescentes, as lágrimas da irmãs. Depois de muitos anos, ele conseguiu enxergar um pouco melhor a sua vida e, sobretudo, o seu passado.

Com uma prosa simples, A restauração das horas faz um retrato detalhado sobre a vida de um homem: seus amores, suas tristezas e conquistas. Para um livro de estreia Paul surpreendeu a crítica especializada dos Estados Unidos e foi agraciado com o Prêmio Pulitzer de 2010, um dos mais importantes do mundo, nas áreas de literatura, música e jornalismo.

Leia matéria completa na edição desta quarta-feira (25/5), no Caderno C do Jornal do commercio.

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