Protesto

Músicos da Banda Sinfônica se dizem discriminados

Eles se queixam de gratificações e de falta de instrumentos

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 07/07/2011 às 6:00
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Músicos da Banda Sinfônica da Cidade do Recife, representando seus colegas denunciam o que consideram discriminação contra a banda: “Na administração João Paulo, a banda conseguiu a equiparação salarial com a sinfônica, uma reinvidicação nossa, não apenas pelo fato de sermos todos, músicos da banda e da orquestra, concursados, mas porque a Banda Sinfônica do Recife estar entre as três melhores do país. No entanto, na primeira negociação salarial que tivemos com o secretário Renato L, jogaram no lixo tudo o que ficou acertado, e houve a quebra da isonomia”, quem diz isto é Genílson Correia, há 15 anos na BSCR. Ele se refere ao aumento no percentual da gratificação pro concerto que os músicos da banda e da sinfônica recebem e que, desde 2007 era igual para ambas: “Agora estamos recebendo um terço a menos do que os músicos da sinfônica”, ressaltam Genilson e seus colegas Peto Trompete, Flávio Barros e Silvio Pessoa.

O secretário Renato L confirma a diferença nas gratificações, apontando que a isonomia salarial permanece: “Realmente foi dado um aumento maior para a orquestra na gratificação por concerto. Aqui no Recife a gente estava numa situação esdrúxula. Tínhamos uma das bandas sinfônicas mais bem pagas do país, e uma das orquestras de menor salário. Sem querer desmerecer a qualidade dos músicos da banda, a Orquestra Sinfônica é mais importante. Demos um aumento de 12% para a Banda Sinfônica, o que acho considerável, porque poucas categorias conseguiram este percentual no Brasil”, justifica o secretário.

Quanto as outras reclamações, de falta de sede para a BSCR, e de precariedade nos instrumentos, sobretudo de percussão, Renato L afirma que a prefeitura vai corrigir estas falhas: "Na reforma que está sendo feita no teatro do Parque,  tem no projeto um local para a banda. Quanto aos instrumentos, aprovamos um projeto na Lei Rouanet no valor de R$300 mil para adquirir os instrumentos, sabemos que há este problema na banda, sobretudo em instrumentos de percussão".

Os músicos, em carta aberta denunciam o que consideram abandono à BSCR (criada no final dos anos 50). Alegam que a discriminação vai além da isonomia nos proventos, e estende-se à falta de uma sede própria, e aos instrumentos em estado precário; “Esta administração está inclusive privando a sociedade de boa música, porque a banda vem sendo cada vez mais sub-utilizada”, diz Genilson Correia. Renato L rebate a crítica argumentando que a prefeitura aprovou um projeto na Lei Rouanet, de R$300 mil, para compra dos instrumentos, e que as acomodações para a banda consta do projeto de reforma, ora feito no Teatro do Parque. 

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